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Cidades

Negada liberdade a jovem que agrediu filho de magistrado

Redação | 16/06/2010 16:35

Decisão de hoje do desembargador Carlos Eduardo Contar rejeitou o pedido de liberdade para o adolescente de 17 anos que desde ontem está na Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, em Campo Grande, por causa da agressão física ao filho de 15 anos de um desembargador do Tribunal de Justiça, ocorrida durante uma festa no começo do mês.

Segundo a decisão da Vara de Infância e Juventude, ele deve ficar na Unei por 45 dias, decisão que, para a família do menino, é exagerada.

"Nunca brigue com o filho de um desembargador", resumiu o advogado do garoto, Antônio Sérgio de Almeida Brochado, depois de afirmar acreditar que a liberdade foi negada ao seu cliente principalmente em razão da posição do pai do outro envolvido no episódio. O adolescenteu levou um soco no rosto e, segundo a investigação policial, teve complicações na arcada dentária.

A negativa do TJ em liberar o rapaz surpreendeu a família, que dava como certa a soltura, considerando que em casos mais graves, até de homicídio, os envolvidos nem sempre ficam presos. Hoje mesmo, um homem que esfaqueou outro não foi preso. Ele alegou legítima defesa e o argumento foi aceito antes mesmo de qualquer investigação policial mais profunda.

Um outro caso lembrado pelo advogado de defesa é o que envolve o filho de um policial civil, que no dia 3 de junho, matou um amigo com a arma da Polícia Civil usada pelo pai, em uma festa, mas não foi preso no local, escapou ao flagrante e responderá em liberdade.

Em outro processo bastante rumoroso, os adolescentes que mataram o menino Luiz Eduardo Gonçalves, de 10 anos, com requintes de crueldade, ficaram apenas três meses cumprindo medida sócioeducativa, nome oficial da prisão quando envolve menores de 18 anos.

Expectativa frustrada - A mãe do adolescente, que é advogada, visitou o filho pela primeira vez hoje na Unei, achando que iria buscá-lo, esperança que se frustrou. Segundo informações de familiares, o adolescente aparentou estar tranquilo, mas a mãe está abalada, não consegue fazer as refeições nem dormir.

Ela foi hoje até o juiz que autorizou a apreensão, Danilo Burin, para pedir pela liberação do filho, sem sucesso.

O pai do jovem é um fazendeiro de Nova Andradina. A família se mudou para Campo Grande há pouco mais de um ano.

O adolescente, segundo o advogado, faz terapia em razão da separação dos pais. Sérgio Brochado informou que a psicóloga dele emitiu atestado de que o jovem precisa manter o tratamento. Ele disse que fará, amanhã, um pedido de reconsideração ao TJ em relação à decisão que manteve o garoto apreendido.

Outra expectativa é de que o juiz marque o interrogatório do caso e decida pela libertação do menino.

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