ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 21º

Cidades

Número de matriculados no ensino superior cresce 15% em 2 anos no MS

Apesar do número positivo, ingresso de novos alunos sofreu forte queda, puxado pelas instituições da rede privada

Nyelder Rodrigues e Chloé Pinheiro | 06/10/2016 17:30
Número de matriculados cresceu em dois anos, mantendo saldo positivo já visto na década anterior (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Número de matriculados cresceu em dois anos, mantendo saldo positivo já visto na década anterior (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Apesar disso, número de novos alunos ingressando  nas universidades caiu em 10 mil em apenas um ano (Foto: Arquivo)
Apesar disso, número de novos alunos ingressando nas universidades caiu em 10 mil em apenas um ano (Foto: Arquivo)

Mato Grosso do Sul apresentou um aumento de 15% no total de alunos matriculados no ensino superior presencial em dois anos, conforme números divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Censo da Educação Superior de 2015, em Brasília (DF). Se comparado a 12 anos atrás, o crescimento registrado foi de 50,1%.

Em 2013, o número de matriculados em universidades e faculdades no Estado era de 79.756, enquanto que no ano passado chegou a marca de 91.739. O aumento foi puxado, principalmente, pela rede privada, que possui 61.833, mas há dois anos tinha 51.488 alunos - 20% a mais. No período, a rede pública subiu de 28.261 para 29.906.

Já em 2003, o número total de estudantes no ensino superior em Mato Grosso do Sul era de 61.078, curiosamente quase a mesma quantidade atual de universitários da rede privada - ou seja, em 12 anos, o Estado praticamente "ganhou" o total de alunos do nível superior de 12 anos atrás.

No início da década passada, 20.261 estudantes estavam matriculados em universidades públicas em Mato Grosso do Sul - ou seja, em 12 anos, foi registrado um aumento de 47,6%, índice impulsionando pela criação da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e a aberturas de mais unidades da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) no Interior.

Quando o levantamento dos últimos 12 anos se refere à rede privada, a elevação de matriculados é ainda maior, já que programas do Governo Federal, como o Prouni (Programa Universidade Para Todos) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), impulsionaram o setor - de 40.817 para 61.833, crescimento de 51,4%.

Queda no ingresso de novos alunos - Em todo o país, de 2014 para 2015, foi percebido uma queda na quantidade de alunos que estão ingressando na educação superior, principalmente na rede privada - que absorve 76% dos universitários do país, tanto na modalidade EaD como na presencial.

Em partes, tal situação é justificada pela crise econômica e redução de investimentos no setor público e de financiamento de programas estudantis, como o Fies. Os dados do Censo, elaborado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mostram que, de um ano para outro, os ingressos foram de 3.110.848 para 2.920.222.

No mesmo período em Mato Grosso do Sul, a queda no ingresso foi de aproximadamente 10 mil estudantes. Enquanto que em 2014 houveram 53.014 novos universitários, em 2015 o número foi de 43.840 - queda de 17%. Quem puxou a baixa foi a rede privada, que de 41.633 ingressantes, caiu para 32.757. Já na rede pública, o número de 11.381 mudou para 11.083.

Apesar dos números negativos, uma das principais universidades do Estado, a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), afirma que registrou mudança na procura de alunos no referido período. Já a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) revela que foram abertas 5,5 mil vagas, sendo preenchidas 4.656, números dentro do esperado.

Estrangeiros - A Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) é a universidade com o maior número de estrangeiros estudando em Mato Grosso do Sul e a 11ª colocada do Brasil, com 229 matriculados.

Em contato com a assessoria da instituição, foi informado que não existe nenhum programa especial de intercâmbio internacional, e que o provável motivo do número indicado pelo Inep é o ensino à distância oferecido pela universidade.

Nos siga no Google Notícias