OAB defende salário maior, mas reprova auxílio-moradia
Presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Fábio Trad defende que os magistrados de todo o país precisam de melhor remuneração. Contudo, reprova o retorno do pagamento do auxílio-moradia aos juízes.
"Esta remuneração não pode ser através de mecanismos que já foram reprovados pelo Conselho Nacional de Justiça", afirma.
Ontem, o Campo Grande News mostrou que mais de cem juízes, alguns deles donos de mansões, voltarão a receber auxílio-moradia superior a R$ 4 mil por mês.
De acordo com Trad, a remuneração maior é para que o juiz não fique vulnerável. Sobre a volta do pagamento do auxílio-moradia, ele esclarece que a OAB não tomará nenhuma medida. Segundo Trad, a decisão será encaminhada ao CNJ, que deve barrar o pagamento do auxílio-moradia.
Mensalmente, conforme decisão administrativa do Conselho de Magistratura, publicada na edição de hoje no Diário da Justiça, 120 juízes voltarão a receber a gratificação mensal de mais de R$ 4 mil.
O benefício equivale a 20% de salários, que variam de R$ 22,1 mil a R$ 24,5 mil, o que representa por ano cerca de R$ 7 milhões em verbas públicas, ou o custo de construção de quase 300 casas populares.