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Cidades

Para mães, crime de filhos foi por influência

Redação | 04/06/2009 17:46

Para as mães dos dois rapazes presos apontados como autores do assassinato da garota de programa Claudinéia Rodrigues Mendes, a "Néia", 25 anos, os filhos delas estão nesta situação devido à influência dos amigos. Nenhuma das mães quis se identificar.

"A infelicidade foi ele estar junto com esses amigos. Eu não conhecia esses jovens. Nunca vi. Os amigos de infância dele, são outros", diz a mãe do auxiliar administrativo Leonardo Leite Cardoso, 27 anos, uma dona de casa de 45 anos, que não quis se identificar.

Bastante emocionada, a mãe de Hugo Pereira da Silva, 19 anos, que também não quis se identificar, disse apenas que o filho é inocente, não tem qualquer envolvimento com o caso e que o rapaz estava com os amigos influenciados por eles. "Ele é inocente. Ele fazia faculdade, tocava na igreja".

Classe média - A mãe de Hugo não quis conversar por muito tempo com a reportagem. Ela é turismóloga, está sem emprego fixo. O pai dele é caminhoneiro e também está desempregado. Eles moram em uma casa simples, em uma rua sem asfalto do bairro Nova Campo Grande.

Leonardo mora com os pais e uma irmã em uma residência, também simples, do bairro Ana Maria do Couto. O pai, segundo a mãe, é formado em ciências náuticas, tem 47 anos, e tenta se aposentar. Ela é dona de casa e faz trabalhos sociais.

Religião - Na residência funciona uma "casa de oração", como a dona de casa definiu. De acordo com ela, a família sempre foi evangélica. Leonardo já não freqüentava os cultos havia algum tempo. Ela não soube precisar quanto tempo.

A mãe diz que ele fazia serviços em casa, como pintura, se fosse preciso. "Era um filhão". Também a ajudava nos trabalhos sociais. "Ele já foi até lá na Praça Ary Coelho distribuir cobertores comigo".

A mãe de Hugo conta que a família sempre foi católica e que ele sempre acompanhou. Participava das missas e ainda tocava instrumento musical.

Após o crime -A dona de casa relata que entre o dia seguinte ao assassinato de "Neia" e o da prisão, Leonardo estava nervoso. "Ele estava nervoso, me abraçava muito, dizia mãe eu te amo. Ele estava diferente. Não sentava mais para conversar com a gente".

O susto - "Foi um baque, um susto. Me senti como me sentia quando via reportagens sobre violência", diz a mãe de Leonardo quando soube do motivo pelo qual o filho foi levado pela Polícia, de dentro de casa.

"Primeiro eles não explicaram o que era. Só depois que soube". Ela conta que quando os policiais chegaram na casa ficou extremamente nervosa. "Quando falaram é a Polícia, o Leonardo se encontra, não consegui abrir o portão. Leonardo estava no sofá".

Arrependimento - A dona de casa diz que o filho está arrependido e que ela gostaria que a família da garota de programa a perdoasse, pois o que aconteceu foi uma fatalidade. "Foi uma fatalidade. Sou uma mãe bem rígida, eduquei meus filhos". "Eu quero que a família da moça venha a me perdoar, sei que é difícil".

Suporte -As mães dos dois rapazes falam que já contrataram advogados para os eles. A mãe de Hugo, diz que a família nunca deixou ele de lado, como havia sendo divulgado. "A gente não abandonou ele. Já contratamos advogado".

O assassinato - "Néia" foi morta a pedradas e a tijoladas em um matagal localizado na divisa dos bairros Nova Campo Grande, Santa Emília e Jardim Carioca.

A Polícia Civil aponta os universitários Hugo e Fernando Pereira Verone, ambos de 19 anos, e Leonardo, como autores. Fernando está foragido. Ele também é morador do bairro Nova Campo Grande.

Conforme a Polícia Civil, os três pegaram Néia e uma amiga na praça Ary Coelho e seguiram com elas até em frente ao Motel Chega Mais. Eles estavam no carro do pai de Fernando, que está foragido.

A amiga de Néia, que está sob proteção do Estado, pulou do carro quando percebeu que estava em risco, pois em depoimento à Polícia, disse que os rapazes questionaram sobre dinheiro, cartões e falaram em fazer programa de graça.

"Néia" ficou no carro e acabou sendo morta. Hugo e Leonardo, que estão presos, falam que não tiveram relação sexual com ela nem trocaram carícias. A Polícia diz que Fernando e Leonardo, que estavam no banco de trás com ela, a acariciaram.

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