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Cidades

Pax demora quase um dia para liberar corpo de obesa

Redação | 25/07/2010 13:18

Maria Denise Palopoli, 60 anos, faleceu às 22h50 de sexta-feira (23/07) e o corpo só foi liberado para velório às 20 horas de ontem, segundo denúncia dos familiares. A idosa era obesa e, como no contrato firmado entre a família e pax estava previsto o fornecimento de urna padrão, foi cobrada taxa de R$ 600,00, referente ao caixão de tamanho especial que foi trazido de São Paulo.

A consultora de vendas, Marluce Cândido de Carvalho, 21 anos, neta de Maria Denise reclama do drama vivido pela família.

Segundo Marluce, desde a morte da avó, ocorrida na casa da família, no Bairro Campo Verde, vários prazos foram dados para liberação do corpo.

Cansada de tanto esperar, ela procurou um gerente da pax, já às 17 horas de ontem. Somente neste momento ela recebeu a notícia referente a duas taxas extras.

Ela deveria pagar R$ 300,00 pelo formol usado no corpo, além de R$ 600,00 pela aquisição do caixão especial.

"Disseram que só iriam liberar o corpo se pagássemos porque o contrato era para uma urna padrão e minha avó precisava de uma urna baleia", reclama.

Diante da resposta obtida junto à empresa, ela ficou revoltada e disse que chamaria a imprensa. "Aí a conversa foi outra. Decidiram liberar", revela a neta.

Marluce explica que a avó pagava o plano funeral desde 1999 e, embora fosse obesa, nunca recebeu a orientação referente ao tamanho do caixão. "Ela pesava mais de 180 quilos", lamenta.

Com o contrato feito há mais de 20 anos nas mãos, o viúvo desabafa. "O que chateia é nunca terem explicado que o caixão para obeso era diferente", diz Constantino Cipriano da Silva, 53 anos.

O velório foi realizado na casa da família, que é humilde e não tem condição de angariar os R$ 900,00 até amanhã, prazo dado para a quitação da dívida.

Marluce também reclama da urna fornecida, que não tem estofamento.

O Campo Grande News entrou em contato com a Pax Nippon para que o caso seja comentado, porém, o atendente disse que somente em horário comercial o setor administrativo pode se pronunciar.

Procon - O superintendente do Procon, Lamartine Ribeiro, explica que vale o que está no contrato. No entanto, pondera que a empresa contratada para os serviços funerais não pode retardar a liberação de um corpo por questões relacionadas ao pagamento.

"Pode configurar cobrança vexatória ou até crime", argumenta.

Ele enfatiza que, embora a mulher já tenha sido sepultada, a família deve procurar o Procon para as sanções cabíveis.

Maria Denise foi enterrada às 13 horas no cemitério do Cruzeiro.

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