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Cidades

PM se resume a nota e secretário diz que prisão de policiais é fato isolado

Aline dos Santos | 06/12/2017 14:12
Segundo secretário, a grande maioria honra a farda.
(Foto: Arquivo)
Segundo secretário, a grande maioria honra a farda. (Foto: Arquivo)

A prisão de dois policiais militares por cobrar propina para liberar uma carga de cigarros contrabandeados do Paraguai foi tratada pela PM (Polícia Militar) apenas por meio de nota à imprensa. Já o titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), José Carlos Barbosa, classifica o flagrante como fato isolado.

“Numa estrutura com 11 mil homens, você pode ter um ou outro, o importante é que corte na própria carne. Não pode garantir 100%, mas a grande maioria das pessoas honra a farda. É um fato isolado, que não mancha a estrutura. A PM é muito maior do que fatos isolados”, afirma Barbosa, que deve deixar o cargo em breve para reassumir mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa.

Na última sexta-feira (dia primeiro), foram presos o sargento Alex Duarte de Aguir, 38 anos, e Rafael Marques da Costa, 28 anos. A reportagem solicitou entrevista com o corregedor-geral da PM, coronel Marcelo Gomes Lopes, mas a assessoria de imprensa da corporação informou que há “impossibilidade da entrevista no momento”.

Na sequencia da nota, relata que foi instaurado Inquérito Policial Militar para investigação mais aprofundada dos fatos. O informativo também traz posicionamento do comandante-geral da PM, coronel Waldir Ribeiro Acosta.

“A Polícia Militar sempre estará do lado da lei e da justiça e, no embate contra o crime, serão prestados à população, sempre, a segurança de vida e todos os esclarecimentos que se têm de dispor”.

Conforme o secretário José Carlos Barbosa, se a investigação revelar mais envolvidos, “serão punidos na forma da lei”. Ele destaca a mais recente apreensão de cigarros, um comboio de oito carretas, numa ação do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) na MS-164, entre o distrito de Vista Alegre e a cidade de Maracaju.

Flagrante – No último dia primeiro, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) acionou equipes policiais – Rotac (Rondas Ostensivas de Ações de Choque) e Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motos) – após informação de que um caminhoneiro estava com policiais, que exigiam propina de R$ 150 mil para liberar o veículo.

Na sequência, o caminhão foi localizado na rua Verdes Mares, esquina com a avenida Gunter Hans, no bairro Tarumã, em Campo Grande. Próximo ao local, havia um veículo Honda Civic.

Foi repassada a informação de que o dinheiro seria entregue no posto Tarumã. No posto, equipes do Gaeco observaram que o Honda se aproximou do homem responsável pelo pagamento. Em seguida, os policiais abordaram carro e uma motocicleta, que ladeava o Honda. A ação foi perto do posto de combustíveis e próximo ao caminhão.

No Honda Civic, estava o sargento, enquanto o cabo conduzia a moto. O documento do caminhão foi encontrado no carro do sargento Aguir. Uma nota fiscal foi localizada no bolso do cabo Rafael. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada.

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