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Cidades

PM suspende negociação com amotinados e retoma amanhã

Redação | 20/04/2008 19:39

Foram suspensas às 20h20 as negociações com presos que estão rebelados desde o meio-dia deste domingo em Campo Grande, que deverão ser retomadas só nesta segunda-feira pela manhã. A informação foi dada pelo relações públicas da PM (Polícia Militar), responsável pela condução das conversas com os líderes da rebelião, por meio da Cigcoe (Companhia Indepedente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

Os presos mantém refém um oficial penitenciário e ainda visitantes do local, uma vez que domingo é dia para isso. O número de parentes e amigos de detentos que estão no local, e que devem dormir no presídio, é de 75, conforme a PM, e de 94, segundo informou o Sindicato dos agentes penitenciários. Os presos teriam duas armas.

A unidade penal, onde estão 175 detentos, está sem água e energia. O fornecimento de comida também havia sido suspenso. A PM informou que vai manter o efetivo que estava no local.

A dificuldade de negociação já havia sido manifestada pela advogada do Isleide Veloso Augusto, que defende o preso considerado líder do motim, Augusto César de Sousa, de 42 anos. A afirmação foi feita aos repórteres depois que a advogada entrou no prédio e conversou com os detentos.

Depois de entrar novamente na unidade, a advogada disse que ficou acertado que amanhã cedo eles vão liberar os reféns e entregar as armas em seu poder. Não há informação ainda sobre como essas armas entraram na unidade, uma vez que nem os agentes que atuam no local podem ficar armados.

O início do motim - De acordo com o que a advogada informou, três, e não apenas o cliente dela, tentaram fugir pela porta da frente do presídio. Como não conseguiram, pegaram o oficial penitenciário e ainda os visitantes como reféns.

Os presos exigiam, para começar a liberar reféns, que os serviços de água e energia fossem restabelecidos. Exigiam ainda a presença do juiz-corregedor do presídio, Francisco Gerardo de Sousa, de representantes de organismos de defesa dos Direitos Humanos, além da imprensa, que está no local.

Conforme a advogada informou, seu cliente quer transferência para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Segundo ela, o pedido dele tem a ver com o medo de sofrer represálias por conta da tentativa de fuga. Ela negou que o cliente já tenha tido ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), como foi noticiado. A informação dada à reportagem por fontes no local é que Augusto César Souza fez parte do PCC e tem dívidas com a facção. A advogada dele, que o representa há 5 anos, diz desconhecer qualquer relação com o grupo criminoso.

Policiais que estavam no local disseram que o alerta de que poderia haver alguma ação dos presos desde quarta-feira.

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