Policiais civis recusam proposta, mas não vão à greve
Em assembléia geral, cerca de 300 policiais civis recusaram a proposta do Governo estadual de conceder aumento de 16,6% nos vencimentos a partir deste ano.
Contudo, a categoria rejeitou greve por tempo indeterminado e aprovou a suspensão dos protestos contra o governador André Puccinelli (PMDB) iniciado no mês passado.
De acordo com o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Paulo Carvalho, os agentes vão ingressar com ação judicial para cobrar a diferença de 10%. Eles queriam o mesmo benefício dado aos delegados com a criação da quarta classe, que tiveram os vencimentos corrigidos em 20%.
Pela proposta do Governo, os policiais só terão correção de 10%. Os outros 6% são do reajuste linear concedido ao funcionalismo público estadual.
Carvalho explicou que a sociedade seria a única prejudicada com a greve por tempo indeterminado. Além disto, os policiais entenderam que têm condições de ganhar a diferença de 10% na Justiça. "Não conseguimos sensibilizar o Governo, que impôs um percentual", lamentou o sindicalista.
Atacado pelo governador, Carvalho reagiu ao destacar que os servidores públicos darão o troco nas urnas nas eleições de 2010. Frisou que a categoria está disposta a trabalhar pela eleição de qualquer candidato que não seja André Puccinelli.