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Cidades

Policiais federais param 3 dias para protestar contra a burocracia e politicagem

Lidiane Kober | 10/03/2014 13:26

Policiais federais vão cruzar os braços de 11 a 13 de março para protestar contra a burocracia e politicagem na segurança pública. De acordo com a Federação Nacional da categoria, servidores burocratas, sem experiência operacional em campo, estão sendo indicados por critérios políticos para planejarem e coordenarem a segurança da Copa 2014.

Os agentes federais estão preocupados e avaliam que a cúpula do governo está mal assessorada e não ouve policiais especializados e experientes em campo. Para eles, as falhas gerenciais indicam a tendência emergencial à militarização, com tanques e fuzis apontados para os brasileiros.

A entidade reclama ainda que o verdadeiro trabalho de prevenção não tem sido feito. Os policiais federais criticam o sensacionalismo usado para divulgar estatísticas improdutivas e para anunciar medidas paliativas, que só surtirão efeito se forem utilizadas para combater tragédias, que podem ser evitadas.

Para os investigadores experientes, as maiores fragilidades da Segurança Pública no Brasil estão nas fronteiras e nos aeroportos. E nestas duas frentes o que se observa são falhas graves de gestão, enquanto são gastos milhões em soluções maquiadas “para inglês ver”.

Segundo Jones Borges Leal, presidente da Fenapef, “em todos os aeroportos e unidades de fronteiras brasileiras, sem exceção, não existe uma quantidade suficiente de agentes federais para cuidar do policiamento aeroportuário, de fronteiras e combate ao crime organizado. Em alguns aeroportos não tem nenhum”.

De acordo com a federação, a gestão da Polícia Federal é monopolizada por servidores burocratas e devido à diminuição no número de agentes federais, funções policiais estratégicas são ilegalmente terceirizadas para pessoas sem vínculo estatal, sem formação acadêmica, sem treinamento ou experiência, escolhidas por licitações baseadas no critério menor preço.

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