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Cidades

Precisão nas informações são fundamentais para retrato falado

Edmir Conceição* | 26/08/2011 13:47
Retrato falado digital vem sendo determinante nas investigações da Polícia Civil (foto: Divulgação)
Retrato falado digital vem sendo determinante nas investigações da Polícia Civil (foto: Divulgação)

Se aproximar ao máximo das características de um suspeito durante uma investigação é a função de uma das mais importantes ferramentas utilizadas pela Polícia Civil atualmente, o retrato falado. Através deste método, a polícia consegue direcionar a sua investigação, baseando-se nas características apresentadas pela vítima de um crime.

Em Mato Grosso Sul, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Coordenadoria-Geral de Perícias, utiliza o retrato falado digital, elaborado pelo Instituto de Identificação, em Campo Grande.

Para que o trabalho de identificação consiga melhores resultados, é necessário o trabalho conjunto entre o perito e a própria vítima. “Independente do crime, seja ele um assalto, sequestro, roubo ou estupro, a partir do momento em que se começa a definir o retrato, temos que recolher o maior número de informações que vítima pode nos passar. Isso demanda tempo e disponibilidade da vítima. É um procedimento que deve ser feito com calma” diz o perito papiloscopista, Rubens Cyles Pereira.

“Trabalhamos em um prazo que não provoque o estresse na vítima e também não muito distante da data do crime, para que não se perca nenhuma informação. Quando uma pessoa é vítima de um crime, é natural que ela crie uma barreira em sua memória. Para isso, os peritos trabalham de uma forma que a vítima se sinta confiante e segura para relatar os fatos” afirma.

A base de dados utilizada pelo Instituto de Identificação é a mesma da Polícia Federal. Nela, os peritos fazem a combinação das quatro características determinantes para a construção de um retrato falado, sendo elas o formato do rosto, olhos, nariz e boca. “A base de dados da Polícia Federal é constituída de fotografias de criminosos e pessoas comuns, fragmentadas nessas quatro características. Dessa forma podemos trabalhar com diversas combinações através de um software, até se aproximar do suspeito”, comenta a perita papiloscópica, Gisélia Subtil Maldonado.

“O trabalho do perito começa no momento em que o boletim de ocorrência é confeccionado na delegacia. Casos como violência sexual, necessitam de um cuidado maior para que o fator emocional não atrapalhe nas características do criminoso. Por isso dependemos da disponibilidade da vítima. Para se construir o retrato, é de extrema importância a presença apenas do perito junto à vítima e de preferência longe do ambiente policial, para que ela não se sinta pressionada” afirma a perita.

O retrato falado digital vem sendo determinante nas investigações da Polícia Civil, a exemplo do recente caso de violência sexual, ocorrido próximo ao Shopping Campo Grande, onde o retrato foi confeccionado de forma rápida, auxiliando a polícia a chegar até o possível suspeito do crime. O Instituto de Identificação fica localizado na Coordenadoria Geral de Perícias, na avenida Senador Filinto Muller, 1530, Vila Ipiranga, Campo Grande. Telefones: (67) 3345-6736 / 6738 – Fax (67) 3345-6738.

(*) Com informações do site da PC/MS

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