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Cidades

Prefeitura nega que reajuste de diretor entrou na tarifa

Redação | 27/02/2009 10:57

Representantes da prefeitura negaram, durante audiência na Câmara Municipal de Campo Grande, que o reajuste para diretores de empresas de ônibus tenha entrado no cálculo da tarifa do transporte coletivo.

Há uma semana, foi divulgado o aumento de 8% no valor do passe, válido a partir do dia primeiro de março. Há denúncias de que salários de diretores de empresas teriam encarecido a tarifa, devido a um reajuste de 55%.

O diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade, afirmou que a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo) apresentou a variação para ser inclusa na tarifa, mas o número foi desconsiderado. Ele também nega a informação de que o aumento foi de R$ 9 mil para R$ 14 mil.

De acordo com Rudel Trindade, o salário de dois diretores, de uma mesma empresa, subiu de R$ 4,5 mil para R$ 7 mil.

A negativa foi reforçada pelo presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados, Marcelo Amaral. "O aumento no salário dos diretores não foi usado na planilha do reajuste da tarifa", salienta.

O documento demonstra que o custo por usuário é de R$ 2,47. A partir de março, no pagamento em dinheiro, o passe sobe de R$ 2,30 para R$ 2,50. Já para quem tem cartão eletrônico, passa de R$ 2,10 para R$ 2,30. Nas linhas executivas, o passe subiu para R$ 3, com desconto de R$ 0,20 a quem usa o cartão eletrônico.

Diante de um público formado majoritariamente por vereadores, Rudel Trindade e Marcelo Amaral apresentaram a planilha que resultou no aumento.

No cálculo, foram utilizados custos variáveis (combustível, lubrificante, rodagem e peças e acessórios) e custos fixos (depreciação, remuneração, pessoal e administração). Conforme a prefeitura, o aumento foi justificado pelo aumento do combustivel.

Benefícios - As gratuidades para idosos e portadores de necessidades especiais também tiveram impacto: de 2007 para 2008 o número de benefício teve aumento 866,83%. Benefício é definido como cada "viagem" que não é paga. O total saltou de 819.308 para 7 milhões.

Já o benefício para estudantes caiu de 11 milhões para 10 milhões entre 2007 e o ano passado.

Na reunião, o sistema de transporte coletivo foi apresentado em números: 535 veículos, média de idade de 4,4 anos para cada ônibus, 36 milhões de km rodados ao ano pela frota, 6.307 km rodado por veículo, 18 mil pontos de embarque e desembarque e 162 linhas.

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