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Cidades

Presos que tentaram fugir são lideres do PCC, diz Jacini

Redação | 01/06/2009 15:49

O secretário de Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, informou nesta tarde que os bandidos que tentaram fugir nesta madrugada do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande participaram no Dia das Mães de 2006 de rebelião ocorrida simultaneamente em várias unidades de detenção do Estado, em ação comandada pelo PCC.

"Eles passaram dois anos presos em Catanduvas (PR) e depois foram transferidos para Campo Grande", esclareceu o secretário, durante ato de entrega de viaturas no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Dois dos seis presos são conhecidas lideranças do PCC no sistema prisional sul-mato-grossense: Paulo César Lima Barão, de 35 anos; Allison Guirão de Oliveira, 24 anos.

Questionado sobre o fato de duas tentativas de fuga terem acontecido em menos de uma semana, Jacini disse que o setor de inteligência da Agepen está atento, e por isso impediu que os detentos escapassem da Máxima.

"O controle e a fiscalização dos presos estão cada vez mais rígidos", enfatizou.

Jacini admitiu que o sistema ainda tem muitas falhas, mas ressaltou que tudo está sendo para o aperfeiçoamento dos trabalhos.

"Não tem nada perfeito, mas vamos evoluindo, estamos trabalhando pela melhora dos trabalhos", declarou.

De acordo com informações de agentes penitenciários, 6 presos tentaram fugir por volta de 1h30, após serrarem as grades da cela 113 do pavilhão I. O motim foi controlado pelos próprios agentes que estavam de plantão e faziam rondas, justamente por suspeita de motim.

O plano começou quando vários presos começaram a fazer barulho no pavilhão 1, para que os agentes fossem atendê-los. Mas diante da suspeita da manobra em andamento, os agentes não subiram, e começaram a fazer rondas pelas instalações do presídio de modo a reforçar a segurança.

No mesmo momento, policiais militares nas guaritas viram 3 presos tentando pular o muro e fizeram disparos, atingindo os detentos Wellington (perna direita), Josiel (de raspão no rosto), Rogério (braço esquerdo) e Marcelo (perna).

Quando os agentes foram até o pavilhão 1, se depararam com mais 2 presos já para fora das celas, que ainda tentaram atacar os servidores, mas foram contidos, conforme relata a Agepen.

Todos os feridos foram levados para a Santa Casa, mas já liberados pela manhã. Wellington da Silva Guimarães, de 24 anos, passou por cirurgia rápida para retirada de bala da perna. Josiel Gonçalves, de 22 anos, foi atingido na boca, mas teve tanta sorte que a bala entrou e saiu.

Também foram liberados após atendimento os detentos Marcelo Batista de Oliveira Villalba, de 34, e Rogério de Oliveira Figueira, de 32.

Informação extra-oficial era de que 6 celas estavam interligadas, para fuga em massa, o que foi negado posteriormente.

Os detentos que tentaram fuga já voltaram para a Máxima e agora estão em celas disciplinares. Os demais presos que estavam nas celas que tiveram as grades serradas foram transferidos para o pavilhão 6. O local passará por perícia.

"Hoje pela manhã os agentes penitenciários realizaram uma contagem minuciosa de internos e vistoria nas celas, não constatando-se nenhuma ausência de internos. A operação contou com o apoio de policiais da Cigcoe", informa a Agepen em nota à imprensa.

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