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Cidades

Professores pedem compromisso com o ensino público

Redação | 24/04/2009 14:08

Os profissionais da educação de Mato Grosso do Sul entregaram, no início da tarde de hoje, documentos a Assomasul (Associação dos Municípios) e a Secretaria Estadual de Educação que pedem o cumprimento do piso nacional do magistério, além melhorias para o ensino.

"Nós solicitamos ao presidente da Assomasul, Beto Pereira, que cobre das prefeituras de todo o Estado o comprimento do piso, pois nós sabemos que os prefeitos foram orientados a não cumprir a lei", disse o presidente da ACP, Geraldo Alves Garcia.

Depois de serem atendidos na Assomasul, os professores seguiram em carreata para a Secretaria Estadual de Educação. Onde documento similar foi entregue à secretária Maria Nilene Badeca da Costa.

Na ocasião, foi esclarecido um mal-entendido, segundo a diretoria da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), alguns diretores de escolas se recusaram a aderir ao movimento, sobre a alegação de que teriam recebido ordens da Secretaria para isso.

"Nós lamentamos o ocorrido, mas a superintendente de educação, Sheila Cristina Vendrami, disse que não houve qualquer pressão para desmobilizar o movimento. O que aconteceu foi que alguns diretores quiseram ser mais régios que o rei", criticou Garcia.

O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, lembrou em discurso aos manifestantes, que os diretores não deveriam se apegar ao cargo, pois é transitório.

Contaminação - Teixeira também rebateu algumas críticas de professores que não aderiram ao movimento e o desqualificaram com uma manifestação política e não um ato legítimo de reivindicações da classe.

"Não tem nada de político em nossa luta. Estamos juntos com diversas entidades nacionais e também do Estado. Esta manifestação não acontece só aqui, mas em muitos outros locais no país", lembrou. "Os professores que estão aqui hoje, não estão olhando para o próprio umbigo pedindo aumento, mas querem também melhorias para a educação pública nacional", destaca.

Segundo Teixeira, o dia de manifestação foi muito produtivo, já que, de acordo com suas estimativas, levou mais de oito mil pessoas às ruas de Campo Grande. "Mostramos que o professor está preocupado com a qualidade da educação".

Logo mais, às 15h30, representantes da Fetems estarão reunidos na PGE (Procuradoria Geral do Estado) para discutirem o cumprimento da lei 11.494, que instituiu o piso para o magistério e também o pagamento pela preparação das aulas.

O governo do Estado é um dos cinco que entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para tentar evitar o cumprimento total da lei, que tem de estar totalmente em vigor até 2010.

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