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Cidades

Profissão Repórter exibe trabalho de policial da Capital

Redação | 22/06/2010 20:54

A investigadora de Polícia Civil de Campo Grande, Maria Campos, que atualmente trabalha na 7ª delegacia, é um dos destaques do programa Profissão Repórter, que será exibido daqui a pouco na TV Globo. Ela, que há 17 anos trabalha num programa de reencontro de famílias, teve sua rotina acompanhada por uma semana pela produção do programa.

O programa desta terça-feira vai abordar a questão das brigas judiciais pela guarda dos filhos. Serão exibidas histórias emocionantes de pais que estão há anos sem ver seus filhos, de pessoas que perderam o contato com a família e que veem em trabalhos como o de Maria Campos uma alternativa para o reencontro.

Maria conta que o trabalho teve início em 1993, com o caso de uma mãe que matou um bebê, o jogou no lixo e depois registrou o boletim de ocorrência. Durante as investigações, foi constatado que a própria mãe era a autora do homicídio. Depois disso, com a autorização de um delegado titular na época, a investigadora criou uma pasta somente com boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas.

Com o desempenho do trabalho, a investigadora era constantemente procurada por Ongs como "Mães da Sé", de São Paulo (SP). Em 2001 a investigadora organizou o Encontro Nacional de Desaparecidos, sediado em Mato Grosso do Sul, com o objetivo de criar uma rede de informações. Participaram do evento representantes de todos os estados brasileiros.

Em 2005 a investigadora participou do "Encontro de Localização de Humanos" nos Estados Unidos. O evento, organizado pela artista plástica Yoko Ono, abordou a tragédia do World Trade Center, que foi destruído em 2001 nos ataques de 11 de setembro, resultando em milhares de pessoas desaparecidas.

"Foi uma troca de experiência muito importante, na oportunidade visitamos depósitos humanos (albergues) lotados de imigrantes, uma outra realidade", explica Maria Campos.

De acordo com a investigadora, em 13 anos atuando nesta área, já foram viabilizados 1.329 reencontros de família. Constam no banco de dados, aguardando solução, mais de 9,3 mil registros dentro e fora do estado.

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