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Cidades

Quem demitir mais de 5% perderá incentivo, avisa André

Redação | 11/02/2009 08:14

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), disse esta manhã, em Campo Grande, que as indústrias que demitirem mais de 5% do quadro de trabalhadores perderão o incentivo fiscal.

Sobre a proposta de redução de salários e jornadas, apresentada pelos empresários e refutada pelos trabalhadores, o governador disse que não irá se envolver: "Nisso não me meto".

Puccinelli disse que já determinou que o secretário de Habitação, Carlos Marun, acelere as obras habitacionais para proporcionar empregos temporários e manter a economia aquecida.

O governador está no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, onde é feita entrega de equipamentos de informática para implantação da rede de serviço único de assistência social.

Debate - Durante a segunda reunião entre a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e os sindicatos, na segunda-feira passada, a proposta de banco de horas e redução da jornada foi rejeitada pelos trabalhadores.

Agora, a classe patronal vai ter de negociar a flexibilização das Leis Trabalhistas com cada sindicato. A reunião foi mediada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

A Fiems apresentou um plano para evitar demissões no setor industrial do Estado, devido à crise financeira internacional. A proposta, em um primeiro momento, era de dar folga aos funcionários, mas remunerá-los como se estivessem trabalhando e, quando economia se reaquecesse, eles trabalhariam um pouco a mais e pagariam o que receberam "adiantado". Uma segunda proposta seria a redução de 25% da jornada com igual redução no salário.

Os sindicatos foram unânimes ao dizer não à Fiems. Os trabalhadores reclamaram bastante pelo fato de que, "na época das vacas gordas", os empresários não distribuíram as benesses dos tempos de lucro alto, e se restringiram a cumprir as exigências da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

"A Fiems nunca negociou qualquer benefício ao trabalhador que não estivesse previsto em lei", criticou José Roberto Silva, presidente da FTI/MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso do Sul).

Do outro lado da mesa de negociações, Sérgio Longen, presidente da Fiems, reclamou do fato de os líderes sindicais não terem apresentado uma contraproposta. "Todos sentaram à mesa, ouviram as nossas propostas, foram contra, mas nenhum deles apresentou alternativas reais, a não ser indicativos genéricos," avaliou.

Segundo Longen, a intenção era fazer uma negociação coletiva e assim contemplar de imediato todos os segmentos que envolvem as indústrias de Mato Grosso do Sul. "Como não foi possível, vamos agora para a negociação sindicato por sindicato. Perdemos uma grande oportunidade de avançar o modelo de negociação", reclamou.

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