ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 20º

Cidades

Reinaldo reforça compromisso com administrativos, mas alerta para LRF

Governador afirma que falta de evolução da receita estadual atinge limite de gastos com pessoal

Humberto Marques e Anahi Gurgel | 03/07/2018 19:00
Governador reforça compromisso com administrativos da Educação, mas afirma que limite da LRF ainda impede incorporação. (Foto: Fernando Antunes)
Governador reforça compromisso com administrativos da Educação, mas afirma que limite da LRF ainda impede incorporação. (Foto: Fernando Antunes)

O limite de gasto com pessoal imposto pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) impede o governo do Estado de incorporar o abono salarial aos ganhos dos servidores administrativos da Educação de Mato Grosso do Sul. A afirmação é do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em resposta ao movimento de integrantes da categoria que, na manhã desta terça-feira (3), cobraram o acréscimo aos vencimentos de forma definitiva.

Durante solenidade para entrega de equipamentos à segurança pública durante a tarde, na Acadepol (Academia de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), Reinaldo reconheceu que há a intenção do governo em anteder aos servidores. “O compromisso está firmado”, disse ele, advertindo na sequência para os limites da LRF. “Não tem como transpor a lei”, emendou.

Segundo o governador, representantes dos servidores assinaram documento, durante negociações salariais, concordando com essa condição. “Como a receita não cresceu, o Estado não saiu do limite prudencial. Assim que sair desse limite é compromisso. Estamos pagando (o abono), eles já estão recebendo. Teria de simplesmente incorporar no salário-base, e vai ser feito”, disse.

O limite prudencial é um dos tetos da LRF que servem como advertência aos gestores públicos quanto ao limite de gasto com o funcionalismo. Ele é calculado sobre a receita corrente líquida (resultado da arrecadação descontadas obrigações constitucionais, como a Previdência), equivalendo a 46,55% desta em relação aos Estados.

Além dele há o limite de alerta (44,22%) e o máximo (49%), havendo punições administrativas em caso de cada um deles ser ultrapassado –como a suspensão de repasses voluntários e proibição de novas contratações de pessoal.

Servidores foram à Assembleia cobrar incorporação. (Foto: Leonardo Rocha)
Servidores foram à Assembleia cobrar incorporação. (Foto: Leonardo Rocha)

Acordo – Administrativos da Educação foram nesta manhã à Assembleia Legislativa cobrar a incorporação do abono de R$ 200 aos salários, conforme previsto no acordo citado por Reinaldo e assinado em abril com a categoria –quando foi concedido reajuste linear de 3,04% e aumento de R$ 100 no auxílio-alimentação.

Como resultado da movimentação, o secretário Eduardo Riedel (Governo) informou que a gestão estadual analisaria a possibilidade jurídica de condicionar a incorporação à saída do Estado do limite prudencial da LRF. Em caso positivo, o texto seria enviado à Assembleia entre a noite desta terça e a manhã de quarta-feira (4).

O projeto precisaria ser votado até 7 de julho, prazo máximo para a concessão de benefícios salariais em virtude da legislação eleitoral, que veda aumento de gastos com servidores 180 dias antes da troca de gestão.

A categoria tem salário base de R$ 828, recebendo R$ 200 de abono e R$ 100 de auxílio alimentação, totalizando R$ 1.128 (sem os descontos). A incorporação do abono dá ao servidor garantia de que não será retirado o benefício e melhora o cálculo sobre férias e 13º salário, entre outros benefícios.

Nos siga no Google Notícias