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Cidades

Relatório é ameno, mas aponta que falta captação de água

Redação | 19/03/2010 10:49

Embora em tom ameno, o relatório do CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) que faz um diagnóstico dos enormes estragos provocados pela chuva do dia 27 de fevereiro, deixa claro que o sistema de captação de águas pluviais de Campo Grande é insuficiente.

Um dos problemas citados é ponto de estrangulamento na região do Shopping Campo Grande, justamente no local onde a prefeitura executou obras de drenagem que consumiram milhões em 2009 e que não conseguiu acabar com os alagamentos. Os técnicos sugerem aumentar o índice mínimo de permeabilidade, hoje de 12,5%.

O documento, divulgado nesta sexta-feira, aponta um conjunto de fatores que contribuiu para a dimensão que o problema tomou e distribui as responsabilidades, chamando a prefeitura para obras que melhorem o sistema de captação e alertando sobre a necessidade de manutenção.

A entidade cita, inclusive, que a população precisa ser conscientizada para acomodar o lixo devidamente embalado em altura de pelo menos 1 metro, para evitar que cães e gatos espalhem os resíduos e que sejam arrastados para os cursos d'água, provocando entupimento de galerias.

Conforme a prefeitura já vinha informando, no dia 27 a chuva atingiu grande volume em pouco tempo, 88 milímetros (litros por metro quadrado) em apenas 80 minutos. O relatório aponta que a precipitação foi acima da capacidade de escoamento, "devido aos pontos de estrangulamento que temos nos cruzamentos da Rua Paulo Machado com Avenida Afonso Pena e Avenida Ricardo Brandão com Rua Ceará".

Encharcado, o solo não deu conta de absorver toda a água e o início das obras na rua Ceará, com escavações que abalaram os aterros, agravou a situação.

Os técnicos ressaltam que a região do Parque Sóter/Prosa recebe um grande volume de água, vinda da região dos Bairros Carandá Bosque, Vila Margarida, Autonomista, Santa Fé, Chácara Cachoeira e Miguel Couto.

Lago - Outro problema apontado, é que o lago do Parque das Nações, que deveria conter as águas e retardar o escoamento tem hoje apenas "função ornamental" por falta de comportas de fundos. "Acreditamos que hoje o lago está retendo areia, que é carreada via córrego Prosa, pois o fundo e laterais, como é de conhecimento público, foi impermeabilizado", cita o relatório.

Em janeiro de 2008, o alerta já era feito, diante da ocupação ao redor do Parque das Nações, que diminuiu os efeitos de escoamento do lago.

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