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Cidades

Roupas e distintivos usados em assalto eram originais

Redação | 26/01/2010 16:15

Apresentados esta tarde pela Polícia Civil, os dois envolvidos no assalto a um carro que envolveu uma família da Capital utilizaram roupas e distintivos originais da Polícia Civil. Já as pistolas eram de brinquedo.

William Cezar de Oliveira Arinos, de 20 anos e Anderson Correia de Oliveira, 30 anos, foram presos esta manhã no Bairro São Bento, uma das regiões mais nobres da cidade, por policiais da Defurv (Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos) e Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

Um terceiro envolvido, Edson Arguelho Souza, de 21 anos, ainda está foragido. Segundo a Polícia, a casa era alugada por Anderson.

Por volta das 22h55 de segunda-feira, William e Anderson abordaram uma estudante de 22 anos enquanto trafegavam pela Avenida Gury Marques, na saída para São Paulo. Fingindo serem policias civis, gesticularam para que parasse, mas ela não ouviu. Em seguida, de dentro do carro, eles mostraram distintivos da Polícia Civil. Assim que a estudante parou, os acusados afirmaram que o carro dela estava clonado e que ela deveria ir até a delegacia prestar depoimento.

A estudante afirmou em depoimento que estava muito nervosa, mas que mesmo assim achou muito estranha a abordagem. Em seguida, ligou para a mãe e passou o telefone para os acusados, que reafirmaram que eram policiais e que iriam buscá-la para que acompanhasse a filha na delegacia.

Ao pegarem a mãe, no Bairro Colibri, impediram que a estudante conduzisse o próprio carro. Mãe e filha foram no carro dos acusados, um Gol de placa BXE-9377 dirigido por um dos envolvidos. Uma irmã da estudante acompanhou a família em uma moto.

Ao perceberem que o trajeto parecia estranho e que os acusados demonstravam nervosismo, a estudante acenou para a irmã, que furou o sinal em frente à Universidade Federal e acionou a Polícia Militar. Neste momento foi anunciado o assalto e as vítimas foram abandonadas na Avenida Interlagos.

Prisão - Os policiais civis conseguiram chegar aos suspeitos pela placa do carro utilizado na ação. Enquanto estavam na casa, a estudante anotou a placa e repassou para um vizinho, que informou à Polícia. O carro pertence a William Arinos e foi encontrado na Rua Clovis Bevilaqua, no Bairro São Bento, mas estava com a placa trocada.

Para as vitimas, foram momentos de terror. A estudante, que não quis se identificar, se mostra aliviada por não ter acontecido nada pior, mas afirma que no momento do anúncio do assalto ficou "em estado de choque".

De acordo com o delegado Geraldo Marim, da Defurv, no dia 6 de janeiro os acusados roubaram um Ford Ka usando o mesmo artifício.

Foram apreendidos pela Polícia Civil duas pistolas de brinquedo, coldres, dois distintivos e três camisetas: duas da Polícia Civil e uma da Inspeção Federal. Os distintivos, segundo o delegado, todas originais. Se for comprovado que foram comprados em loja, a Polícia abrirá investigação.

Wiliiam Cezar de Oliveira Arinos não tem passagens pela Polícia. Segundo ele, a estratégia do assalto foi uma idéia dos colegas. Já Anderson possui passagem por estelionato e agressão e afirmou que as roupas foram compradas em uma confecção especializada em artigos militares da Capital.

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