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Cidades

Sargento se apresenta à Polícia e diz que morador de rua queria “sangrá-lo”

Jeozadaque Garcia | 16/01/2012 19:55

Maurílio Lima Gomes matou um homem identificado como “Bugre” com três tiros na manhã do último 14

Faca foi encontrada ao lado do corpo; segundo delegado, laudo deve apontar se houve exagero na ação do militar. (Foto: João Garrigó)
Faca foi encontrada ao lado do corpo; segundo delegado, laudo deve apontar se houve exagero na ação do militar. (Foto: João Garrigó)

O sargento aposentado do Exército Maurílio Lima Gomes, de 48 anos, que admitiu ter matado um morador de rua na manhã do último sábado (14) em Campo Grande, alegou que foi ameaçado pela vítima antes de efetuar os disparos. Gomes se apresentou à Polícia na tarde desta segunda-feira (16).

Segundo o delegado Walmir de Moura Fé, responsável pelas investigações, o militar disse que foi até a conveniência, no bairro Amambai, por volta das 9h para comprar pão e leite, como faz diariamente.

O morador de rua, que ainda não foi identificado mas é conhecido como “Bugre” pelos moradores, foi até ele e, em tom de deboche, disse que o carro do militar era “bom para levar para Ponta Porã e vender”. Gomes o ignorou e, em seguida, a vítima levou a mão até a cintura dizendo que iria “sangrá-lo”.

O militar pegou a arma que estava embaixo do banco e efetuou três disparos, que atingiram o peito da vítima. Uma faca, que ainda deverá passar por perícia, foi encontrada pela Polícia Militar ao lado do corpo.

O laudo necroscópico vai apontar se houve exagero na ação do sargento. Ele deverá responder por homicídio simples doloso, cuja pena varia entre seis e 20 anos de prisão.

Encrenqueiro - Testemunhas relataram à Polícia que o morador de rua tinha fama de “encrenqueiro” na região. O militar narrou ainda um desentendimento anterior que teve com Bugre na mesma conveniência onde aconteceu o crime.

Gomes contou que tomava refrigerante no local e falava ao celular, quando, sem motivo aparente, foi agredido com um tapa por Bugre. Ele não revidou.

Nesta segunda-feira, a Polícia vai ouvir outras duas testemunhas: Braz Inácio Severino, de 70 anos, dono da conveniência, e um tenente do Exército que testemunhou o incidente.

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