ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Secretário cobrará em Brasília indenização de gastos com presos do tráfico

Antônio Carlos Videira participa de dois dias de reuniões com secretários de Segurança da região de fronteira e o ministro Raul Jungmann

Humberto Marques | 26/04/2018 18:37
Videira levará lista de reivindicações para reunião com Jungmann e secretários. (Foto: PMMS/Divulgação)
Videira levará lista de reivindicações para reunião com Jungmann e secretários. (Foto: PMMS/Divulgação)

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, levará a Brasília nesta sexta-feira (27) reivindicação do governo de Mato Grosso do Sul para que a União arque com despesas provenientes da custódia, em penitenciárias de Mato Grosso do Sul, de presos por tráfico de drogas. A cobrança será feita durante reunião com os secretários de Segurança Pública de Estados nas regiões de fronteira, que contará com a presença do ministro Raul Jungmann (Segurança Pública).

O encontro deve se estender até sábado (28), ocasião em que Videira pretende apresentar as principais demandas do Estado, em especial aquelas relacionadas à segurança na região de fronteira. Via assessoria, ele antecipou que cobrará indenizações pelos gastos com presos do tráfico. O tema é alvo de ação do governo estadual no STF (Supremo Tribunal Federal).

Hoje, segundo o governo, 7.246 presos condenados ou em regime provisório, o equivalente mais de 40% da massa carcerária estadual, são de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas que, para a gestão estadual, devem ser responsabilidade do governo federal.

“De um lado, impediu-se que grande volume de drogas chegasse às regiões metropolitanas. Já de outro, o número de presos, incluindo sentenciados por crimes transnacionais, tem aumentado diariamente. Essa massa carcerária custa ao Estado aproximadamente R$ 11 milhões ao mês, o que representa mais de R$ 127 milhões ao ano”, enfatizou o titular da Sejusp.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é defensor do ressarcimento, sustentando que recursos destinados aos presos por tráfico poderiam ser aplicados em outros setores.

Vigília – Mato Grosso do Sul possui 1,5 mil quilômetros de fronteiras, sendo 1.131 quilômetros com o Paraguai e 386 com a Bolívia, e está entre os Estados que mais apreende drogas: em 2017 foram 427 toneladas.

Videira afirmou, ainda, que pretende rediscutir convênio, firmado na administração estadual anterior, com governo federal visando a apuração de casos ligados ao tráfico, já que a Polícia Civil estadual “está sobrecarregada de inquéritos” sobre tal crime, mas recebe uma contrapartida “ínfima” pelo trabalho. Pelo acordo, haveria apoio federal nas investigações e laudos periciais.

Os pedidos incluem, ainda, a liberação de recursos para a construção da sede do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) em Dourados –a 223 km de Campo Grande– e do Laboratório de Análises Forenses, bem como “uma maior presença das forças federais em nossas fronteiras”. Videira também lista entre prioridades a criação de atas de registro de preços para facilitar compras de armamento, munições e insumos, isenção de impostos para aquisição de materiais voltados à Segurança Pública, agilidade no repasse de recursos de leilões e pagamento de diárias a policiais na região de fronteira.

Nos siga no Google Notícias