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Cidades

Sejusp não colocará policiamento 24h em Posto de Saúde

Redação | 27/01/2010 12:31

Em reunião na manhã desta quarta-feira com o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Vantuir Jacini, informou que não haverá estrutura policial suficiente para atender as UPA'S (Unidades de Pronto-Atendimento) da Vila Almeida e do bairro Coronel Antonino durante 24 horas, solicitação feita pela prefeitura.

Segundo ele, soube somente agora, diante das ocorrências na unidade da Vila Almeida, da necessidade desse tipo de policiamento, conforme determinação do Ministério da Saúde e previsto no planejamento das UPA'S.

"Eu não tinha conhecimento dessa ordem, o Ministério da Saúde nunca encaminhou nada a respeito ao nosso Ministério, por isso não tem como de uma hora pra outra a Secretaria de Segurança Pública conseguir esses meios, que são viatura, rádios, homens, armamento, e afirmar que vamos fazer esse trabalho 24 horas porque não temos condição", explica Jacini.

De acordo com o prefeito Nelson Trad Filho o que será possível viabilizar, como medida de emergência, é uma ronda policial, em horários de pico, nas duas unidades de saúde.

"Os gerentes administrativos irão passar esses horários aos comandantes dos Postos Policiais da região para que a ronda seja feita não só em horário de pico, mas também em outros horários que ocorre maior aglomeração de pessoas nos postos", afirma o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Luís Henrique Mandetta, considera que o tumulto registrado na unidade de saúde do Vila Almeida, na quinta-feira passada, é algo comum para um Posto de Saúde que acaba de ser ampliado e, por isso, desperta a atenção da população que passa a buscar, com maior frequência, os serviços médicos.

Além disso, Mandetta afirma que a lotação deve diminuir nas próximas semanas com o retorno de muitos servidores públicos, entre eles médicos e enfermeiras, das férias de fim de ano.

"Na transição de ano tivemos um problema administrativo em que muitos funcionários solicitaram férias entre a última quinzena de dezembro e a primeira quinzena de janeiro, data que coincide com essa alta demanda de profissionais nos postos de saúde", lembra o secretário.

Um outro motivo que também deve contribuir com a demora pelo atendimento nos postos de saúde, está na troca de plantões dos médicos e enfermeiros.

Justificativas - De acordo com Mandetta, as informações, que são passadas nesses momentos entre os profissionais, podem ocorrer em até cinco minutos, dependendo da situação do posto. Ultimamente a rotina das Unidades de Saúde tem sido alterada porque esse tipo de procedimento tem acontecido em 40 minutos, por causa dos casos de dengue.

O policiamento agora será solicitado pelas Unidades de Saúde durante esse período já que o atendimento é paralisado e, dessa forma, existe maior risco de gerar tumulto na fila de espera.

A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) afirma que já entrou em contato com o Comando Geral da Polícia Militar para que as equipes, que atuarão nessas rondas nos Postos de Saúde, sejam formadas o mais rápido possível e para que o trabalho de policiamento definido na reunião esteja em prática a partir da próxima semana.

Cada equipe designada contará com uma viatura e 4 policiais.

Outra medida de segurança estabelecida entre os órgãos é que os gerentes administrativos dos Postos de Saúde terão contato direto com os comandantes dos Postos Policiais da região em que está localizado. A regra é para que em uma situação de emergência, tanto os profissionais quanto a população que estiver na Unidade de Saúde, não dependam do atendimento 190 que pode demorar, como aconteceu no Vila Almeida.

Sobre a quantidade de médicos, que passaram no último concurso público, e que devem ser chamados para trabalhar até o fim de fevereiro, Mandetta afirma que ainda não está definida.

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