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Cidades

Sem reajuste, terceirizados da Oi continuam em greve

Caroline Maldonado | 27/05/2014 16:45
Em Campo Grande, a concentração dos trabalhadores ocorre em frente ao prédio da Oi, na rua Rui Barbosa (Foto: Divulgação)
Em Campo Grande, a concentração dos trabalhadores ocorre em frente ao prédio da Oi, na rua Rui Barbosa (Foto: Divulgação)

Cerca de 1,3 mil funcionários da Telemon, empresa terceirizada da Oi, continuam com a greve que começou ontem (27). De acordo com o Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Mato Grosso do Sul), 30% dos técnicos permanecem trabalhando, como ordena a lei em casos de serviços essenciais. Em Campo Grande, a concentração dos trabalhadores ocorre em frente ao prédio da Oi, na rua Rui Barbosa. A greve se estende aos municípios de Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

Segundo o diretor financeiro do sindicato Jefferson Borges Silveira, a empresa não quer negociar, por isso a greve continua. “Nós procuramos o diálogo todo o tempo, mas a empresa foi irredutível no quesito de valorização salarial de seus funcionários, que são mão-de-obra especializada”, afirma. Os técnicos querem que seja estabelecido um piso salarial, pois os salários de funcionários das mesmas funções variam em outras regiões do país.

O sindicato exige o piso de R$ 1,1 mil para os ligadores de linhas telefônicas que, atualmente, ganham R$ 780,00. Já para os instaladores e pessoal de manutenção de linhas e dados que ganham cerca de mil reais, a reivindicação é de que o valor suba para R$ 1,4 mil. No entanto, a empresa ofereceu apenas 6% de reajuste, o que para o Sinttel representa somente a reposição da inflação, que em abril foi de 5.80%.

Além do reajuste salarial, os funcionários querem que a carga horária de 44 semanais seja cumprida de segunda a sexta-feira, sendo que os finais de semana trabalhados sejam registrados como horas extras. Os técnicos querem ainda o aumento de 10% na locação de veículos, mas a empresa, até então, concordou com apenas 5% de aumento na locação. Quanto ao ticket alimentação de R$ 13,58, a empresa concorda em aumentar para R$ 16 mas os técnicos querem que o valor suba para R$ 18.

A paralisação dos trabalhadores das telecomunicações conquistou ainda o apoio de outras categorias. De acordo com o presidente do Sinttel, Rafael Gonzales, estão presentes nas manifestações os dirigentes dos sindicatos dos transportes, vigilantes e da alimentação, entre outros. A UGT (União Geral dos Trabalhadores) também ajuda na coordenação da greve no estado. Na próxima quarta-feira (28), os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia, também devem iniciar a greve exigindo os mesmos benefícios, de acordo com o Sinttel.

A operadora Oi informou, por meio da assessoria de imprensa, que os serviços de internet, telefonia e TV por assinatura não devem ficar prejudicados com a greve, pois já foram acionadas equipes próprias e contratadas para suprir a falta dos funcionários efetivos. A assessoria lembra que casos pontuais de problemas técnicos podem ser comunicados pelo canal de atendimento 103 14.

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