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Cidades

Supremo mantém prisão de líderes de golpes investigados na Ouro de Ofir

Por unanimidade, Segunda Turma do STF indeferiu recurso da defesa dos envolvidos

Aline dos Santos | 13/08/2018 15:00
Celso Ede (de camisa) foi preso em 21 de novembro pela Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Celso Ede (de camisa) foi preso em 21 de novembro pela Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Presos na operação Ouro de Ofir, Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo tiveram uma nova negativa do STF (Supremo Tribunal Federal) na tentativa de obter a liberdade.

Em março, o ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento ao pedido de habeas corpus. A defesa entrou com recurso e, agora, o pedido foi indeferido, por unanimidade, pela Segunda Turma do Supremo. A sessão virtual foi realizada de 29 de junho a 6 de agosto.

Eles foram presos em novembro de 2017 pela PF (Polícia Federal), que investigava golpe com 25 mil vítimas. Os dois eram acusados de liderar a operação Au Metal.

As vítimas eram convencidas a “adiantar” um aporte (geralmente R$ 1 mil) e em troca as pessoas teriam direito a receber mil vezes o valor antecipado. Os contratos eram, inclusive, registrados em cartório para aumentar a credibilidade.

A origem do dinheiro para pagar os investidores eram créditos de até R$ 1 trilhão relacionados com compra e venda de uma grande quantidade de ouro. Para repatriação, 40% ficaria com o governo federal, 40% doado como ajuda humanitária e 20% para a família Araújo.

A Polícia Federal também prendeu Sidinei dos Anjos Peró, líder da SAP, operação de crédito que levava as iniciais do seu nome. Com o prosseguimento das investigações, a PF calculou que são 60 mil vítimas em golpes similares ao da SAP e Au Metal.

As três prisões foram mantidas após recursos na Justiça Federal de Campo Grande, TRF 3 (Tribunal Regional Federal), STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF. Desde novembro, a única decisão favorável foi no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

No dia 17 de fevereiro, um sábado, durante o plantão, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges concedeu o habeas corpus aos três presos e definiu medidas cautelares diversas de prisão, como uso de tornozeleira eletrônica e comparecimento mensal à Justiça.

Dias depois, numa reviravolta, decisão do desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva revogou a decisão da colega e determinou que a prisão preventiva de Celso Eder, Anderson e Sidinei dos Anjos Peró fosse mantida.

O processo tramita na 4ª Vara Criminal de Campo Grande, que requisitou informações sobre a operação 27058 (Au Metal) ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Banco do Brasil e Banco Central.

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