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Cidades

Terceirizados do HU reclamam por direitos trabalhistas

Redação | 29/11/2010 11:42

A empresa terceirizada que atende o HU (Hospital Universitário) na contratação de funcionários, a Liderança, está sendo alvo de reivindicações de diversos contratados. Segundo os trabalhadores, a empresa não paga o salário família, desconta da folha taxas desconhecidas ou irregulares, e, ainda, contrata o funcionário para exercer um serviço, mas paga por outro, a fim de reduzir gastos.

"Todo mundo é contratado como recepcionista só para ganhar apenas um salário mínimo, sendo que muitos trabalham no setor administrativo, assumindo muita responsabilidade", afirmou uma das funcionárias que trabalham oito horas por dia em disfunção. O Campo Grande News conversou com diversas pessoas que trabalham pela empresa no HU, todos confirmaram a situação, no entanto, não quiseram se identificar com medo de demissão.

Os funcionários que têm filhos reclamam principalmente do não pagamento do salário família. Conforme a legislação brasileira, o valor do salário-família é de R$ 27,64, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 539,03.

Uma outra reclamação é sobre a contratação da empresa pelo HU. "Eles dizem que contratam a empresa por tempo indeterminado. Eu só sei que de seis em seis meses eles trocam a empresa terceirizada e nossa carteira de trabalho vira uma bagunça. Fora que só esse ano por duas vezes o pagamento do sindicato veio descontado no salário. Troca de empresa e temos que pagar de novo", reclamou a funcionária.

Já a reivindicação dos trabalhadores que circulam no Pronto Socorro do HU é o direito ao adicional de insalubridade, por trabalhar em local que oferece risco de infecção.

Uma das mulheres que trabalham no hospital afirma que está consultando advogados para entrar com uma ação contra a empresa por ter perdido o bebê após passar por carga de estresse por ter recebido o salário pela metade. "Eu estava tirando minha carteira de motorista durante as tardes. Levei todos os comprovantes necessários, para que eu trabalhasse só meio período. No entanto, não só descontaram as horas que eu não trabalhei, como descontaram os dias inteiros, recebi pouco mais de 400 reais", disse a funcionária, que afirmou também que não sabia que estava grávida até sofrer o aborto espontâneo. "Você conta com aquele salário e simplesmente cortam pela metade", desabafou.

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