ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

Vítima de golpe no RJ, morador de MS tem bens bloqueados

Redação | 21/08/2010 10:24

Funcionário de uma empresa de sorvetes há 29 anos, o técnico em refrigeração Álvaro Zeferino, de 52 anos, teve uma surpresa desagradável nesta semana ao receber o comunicado de que um funcionário de uma empresa em seu nome ganhou R$ 79 mil na Justiça do Trabalho, em julgamento feito à revelia no Rio de Janeiro.

O problema, explica ele, é que ele ganha salário de R$ 1.200,00 e nunca teve nenhuma empresa em seu nome. De acordo com o técnico, após o comunicado sua conta bancária foi bloqueada até que seja efetuado o pagamento. Além da dívida trabalhista, há problemas com sonegação de impostos e a dívida total é de R$ 680 mil.

Ele afirma que a empresa é uma boate no Rio de Janeiro, mas garante que nunca trabalhou nem fez sociedade no negócio. A última vez em que esteve naquele estado foi quando era adolescente e ficou quatro anos acompanhando o pai militar.

Os problemas do técnico começaram há cerca de um ano, quando "surgiu" a dívida de mais de meio milhão. "Mandamos três ou quatro cartas para São João do Meriti, onde é julgado o processo, mas não tivemos resposta", detalha.

Com o bloqueio da conta bancária nesta semana veio o desespero. "Estão bloqueando tudo o que é meu e não tenho nada a ver com isso", desabafa. O receio é de que a Justiça interdite também os bens da esposa, que é enfermeira, e dos dois filhos, que estão se formando em engenharia elétrica e administração.

De acordo com a família, a empresa que contraiu as dívidas é uma boate do Rio de Janeiro e a quantia é referente a débitos com o município, estado e união, além das dívidas trabalhistas.

Na tentativa de solucionar o problema, eles procuraram um defensor público. Mas, descobriram que a parte trabalhista da causa não pode ser atendida pela Defensoria, apenas por advogados particulares.

"Eu não posso contratar um advogado particular porque eles cobram 10% do valor da causa", afirma. "Quando a lei trabalhista for executada vão penhorar tudo o que eu tenho", teme o técnico de refrigeração.

Suspeita - Zeferino conta que há 15 anos, em data que coincide com a da abertura da empresa, o carro de seu pai foi roubado em Campo Grande. Dentro do veículo, além dos documentos do pai havia um hollerit dele, com informações pessoais. A suspeita dele é de que os documentos tenham sido usados para a abertura da empresa da qual ele consta como sócio.

A família garante que possui toda a documentação que comprova a cobrança. Segundo o filho de Álvaro, Emygdio Zeferino, o processo referente à dívida com impostos está em trâmite na 1ª Vara de Execução Fiscal do Rio de Janeiro, com a juíza Gabriela Rocha.

Eles informaram que o processo trabalhista é originário de São João do Meriti (RJ), mas que sua consulta não está disponível pela internet.

Nos siga no Google Notícias