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No ambiente de trabalho, intimidade tem limite!

Beijo no rosto ou aperto de mão? Qual a distância para as conversas? Entenda os limites do contato no ambiente

Larissa Almeida (*) | 23/08/2022 10:16

Quem nunca se perguntou se o beijo no rosto era o cumprimento adequado ao ambiente de trabalho, ou ficou na dúvida o quanto deveria se aproximar do colega em uma conversa durante o expediente? Claro que com o passar do tempo, até porque a maioria das pessoas passam grande parte do tempo no trabalho, vínculos de amizade são criados e, com isso, surge naturalmente mais intimidade. Mas é preciso saber dosar, porque existem códigos de conduta a serem seguidos.

Em 2009, o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cometeu uma gafe daquelas durante encontro da cúpula do G-20, em Pittsburgh. Quando a ex-primeira-dama americana Michele Obama ofereceu um aperto de mão na hora dos cumprimentos, ele simplesmente abriu os braços querendo abraço e beijo na bochecha. O constrangimento foi geral.

Importante observar que o cumprimento mais adequado aos ambientes profissionais é o aperto de mão. Não tem erro. Se existe mais intimidade entre colegas de longa data, talvez seja aceitável um cumprimento mais íntimo, como abraço ou beijo na bochecha. Mas no geral, aperto de mão ou aceno quando for à distância, acompanhado de um sorriso, é mais do que suficiente. Além disso, é a mulher que define o grau de intimidade com que será cumprimentada. É ela quem deve estender a mão, indicando que aceita este tipo de cumprimento. Se não fizer isso, o homem poderá cumprimentar apenas com aceno na cabeça e com palavras: “Olá, bom dia Júlia”, por exemplo.

Muitas pessoas são sinestésicas, sentem necessidade de tocar nas outras. Mas é interessante evitar, até porque existem outras pessoas que não gostam de ser tocadas e consideram o gesto inadequado. Então, evite tocar no seu interlocutor enquanto conversam.

Sobre a distância adequada para as conversas com os colegas de escritório, preciso dizer que todos nós temos uma “bolha” que nos cerca, e quando alguém invade essa zona íntima, ou seja, se aproxima demais para conversar, nos sentimos intimidados. Esta bolha engloba uma área de até 0,50 cm ao nosso redor e deve ser respeitada no trabalho caso o profissional não queira gerar outras interpretações. Apenas família e amigos acessam menos do que isso.

As amizades no universo profissional raramente têm as mesmas características daquelas formadas no âmbito pessoal, visto que entram em jogo promoção, cargos, reputação e obrigações que não existem em um relacionamento estritamente pessoal. E o problema da intimidade é que ela deixa a pessoa com a falsa sensação de que pode tudo. Mas, é preciso ter em mente que qualquer avanço pode ser visto como inapropriado e repercutir negativamente, inclusive impactando toda a carreira.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga-me no Instagram @vistavoce_.

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