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Em Pauta

A lição do cego e o autista

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/02/2017 07:08
A lição do cego e o autista

É a dupla mais inusitada que podemos encontrar. David Black é cego. Ele sabe cozinhar. Escolheu Peter Wilson, autista, para ser o ajudante de cozinha. O time deu certo e joga como poucos. Preparam as entradas e pratos principais para cerca de 15 pessoas , duas vezes por semana, em um restaurante na Escócia.

Cabe a Peter guiar David pela cozinha, ajudando-o a mexer nas panelas e no fogão, para que ele não se machuque. "Aprendemos a confiar um no outro", diz David.

A lição do cego e o autista

O açúcar mascavo é um embuste?

O açúcar mascavo pode ser produzido de três formas. Na Europa, misturando cristais de açúcar de beterraba. No Brasil e demais países tropicais, misturando cristais de açúcar de cana ou de melaço. A terceira possibilidade é refinando menos o açúcar de cana. Cuidado, diminuir o processamento industrial, refinar, não é igual a "natural", "orgânico" ou "integral". Em qualquer hipótese são empregados produtos químicos de depuração.

Então esses açúcares - mascavo, orgânico e integral - são meros embustes? A resposta é que depende do que você espera deles. Se acredita que é a panaceia que pode ser usado para substituir o açúcar branco, são embustes. Não melhoram a saúde de ninguém. Eles contêm 85% a 95% de açúcar, igual ao branco refinado, e uma pequeníssima proporção de minerais. Isso quer dizer que qualquer açúcar - branco, mascavo, integral ou orgânico - é um produto com muitas calorias e valores nutricionais muito pobres.

Agora, se o que deseja é sabor, pode apostar no mascavo, especialmente o feito com melaço. Há nítida influência no aroma e no gosto da comida ou bebida a que adicionará esse açúcar. O mais importante não é escolher o tipo de açúcar. O real problema do açúcar não está no uso, e sim no abuso.

 

A lição do cego e o autista

Cebola, alho e iogurtes caseiros são os mais indicados para melhorar a flora intestinal

O microbioma intestinal - a comunidade de bactérias que vivem em nossos intestinos - é um assunto popular no momento. Essas bactérias influenciam nossa saúde de formas novas e surpreendentes. Afetam nosso peso, capacidade de resistir a doenças e até o humor. Há pesquisas tentando entender como elas se relacionam com o nosso cérebro.
Devido à explosão pelo interesse pelo nosso ecossistema interno, as prateleiras de supermercados e farmácias passaram a exibir uma grande quantidade de produtos ditos "probióticos" - que melhorariam nosso microbioma intestinal. Isso é possível?

Para descobrir, foi realizada uma pesquisa em Inverness, na Escócia. Um grupo de cientistas, contando com o auxílio do serviço de saúde público local, analisou as bebidas ditas probióticas, compradas em supermercados, um alimento fermentado caseiro, denominado kefir e alimentos ricos em fibras probióticas que contivessem inulina.

O resultado da pesquisa foi decepcionante para as bebidas probióticas de supermercados. Houve uma pequena mudança em um tipo de bactéria que se sabe ser boa para a manutenção de peso - a Lachnospiraceae. No entanto, essa diminuta mudança não teve importância estatística. Em suma, não ajuda nem prejudica nosso corpo.

Os alimentos caseiros fermentados tiveram um bom resultado, um exemplo é o iogurte feito em casa. Continham uma grande quantidade de bactérias benéficas para nossa saúde (os iogurtes industrializados possuem pequenas quantidades).

O melhor resultado se deu com os alimentos que contem fibras úteis para as bactérias. Os cientistas enumeraram a cebola, o alho e o alho-poró como os melhores alimentos para as bactérias de nossos intestinos.

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