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Em Pauta

As pessoas com passado são o futuro

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/07/2018 08:29
As pessoas com passado são o futuro

Ainda precisamos de tempo para familiarizarmo-nos com o conceito de "economia prateada" ou "silver economy", que põe seu foco no aspecto econômico e comercial do envelhecimento da sociedade. O aumento da esperança de vida trouxe consigo muitas mudanças, incluindo nossa maneira de consumir.

O mundo inteiro envelhece. Não se trata de um fenômeno local e isolado. O Brasil é um dos casos mais drásticos da inversão da pirâmide demográfica. Segundo vários estudos, logo seremos um terço da população. Isso supõe que um de cada três consumidores terá mais de 50 anos.

A chave é entender que os "silver hair" não se sintam inúteis. Querem seguir ativos, aproveitar seu tempo e dedicá-lo a eles e aos outros. A silver economy constitui um grupo muito heterogêneo, mas guarda alguns padrões comuns, como estar livres de cargas econômicas, ter mais tempo para ser aproveitado em diversão e cultura, preocupar-se com a saúde, conservar a forma física o melhor possível e compartilhar, socializar.

É hora de tratar o envelhecimento como algo natural, retirar mensagens negativas. Velhos são os móveis, as pessoas são maduras, e podem aproveitar esse momento da vida. Quais oportunidades trazem os silver hair?

------Produtos financeiros para aproveitar uma vida mais longa.
------Atenção e cuidados: há um enorme futuro em termos de gestão, de criação de novos projetos, produtos e serviços relacionados com a dependência.
------Uma das demandas a ser melhor contempladas é o do acompanhamento e animação sociocultural dedicado aos silver hair.
------Tecnologia aplicada: tem uma demanda gigantesca. Será na tecnologia que nos apoiaremos para ter maior comodidade, facilidade, prazer e desfrute na última etapa da vida.

As pessoas com passado são o futuro

A guerra do ketchup.

As guerras comerciais, como a iniciada por Trump, também revelam estereótipos culturais. Os países frequentemente propõem tarifas não sobre os itens mais valiosos em suas relações comerciais - uma vez que isso também seria doloroso para eles - mas sim sob produtos icônicos de caráter nacional. É o que está acontecendo com a denominada galhofeiramente de "Guerra do Ketchup". O Canadá impôs uma elevada tarifa no ketchup norte americano e a Europa está seguindo o mesmo caminho. São ameaças simbólicas, pois em verdade ambos são produtores de ketchup. Quem sairá perdendo, no final, será apenas o ketchup da Heinz, o mais simbólico dos ketchps do mundo.

As pessoas com passado são o futuro

As origens estão no "ke-chiap" dos chineses.

Embora o ketchup seja definido como um purê de tomate, no passado, ele foi preparado à partir de uma ampla variedade de ingredientes. "Para variar", tudo começou na China. Eles usavam o "ke-chiap", um molho à base de peixes. Da China, foi para a Península Malaia e Cingapura., onde os colonos britânicos encontraram esse ke-chiap com o nome de "kecap", no século XVIII. Tal qual o molho de soja, o kecap era considerado um molho exótico pelos ingleses e passou a animar a insípida cozinha do Reino Unido. Uma vez na ilha dos britânicos, o kecap recebeu outros ingredientes: conservas de nozes e cogumelos, em vez de apenas peixes. Virou "katchup". Em sua versão inglesa final, levava anchovas, vinho e especiarias. No início do século XIX saiu da ilha e foi parar nos Estados Unidos. Pela primeira vez assumiu a fórmula moderna com tomates, adoçada, azedada com vinagre, e temperada com cravo, pimenta da Jamaica, noz-moscada e gengibre. A primeira receita foi publicada em 1812 por James Mease, um cientista e horticultor. A Heinz só entraria na jogada do ketchup em 1876, quando faliu ao vender rábano. Foi seu falido fundador, Henry John Heinze, quem primeiro engarrafou essa formulação e a denominou de "ketchup" para fugir de centenas de outros "catchups" que existiam nos EUA.

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