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Em Pauta

Brumas do Pantanal: índios com a barriga até o meio das coxas

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 16/02/2024 09:05
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Como um encanto, das brumas pantaneiras, nasceram lendas, algumas duradouras; outras, falecidas com poucos anos de vida. A poção miraculosa criadora de lendas tem sempre os mesmos ingredientes: alguém inventa; outros, preguiçosamente, copiam. Os livros escritos por historiadores carregam esses eflúvios saídos das névoas. No Pantanal existiria, dentre outras lendas: um Pão de Açúcar e um mar que recebeu nome: Xaraés. Por eles, caminhou uma figura chamada Aleixo ou Alejo Garcia, um homem que teria liderado milhares de guaranis, atravessando o Pantanal, e voltado com imensa fortuna das terras incaicas. Mera idiotice lendária. Também existiram estranhos inimigos dos Guaicurus, denominados Caupeses e Cambevas.


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Homens das cavernas.

Morar em cavernas é típico de homens da pré-história. Construir casas, ainda que miseráveis, apenas com algumas varetas e cobertas por palha, é uma característica indígena, de povos que vieram depois da pré-história. Existe, todavia em nossos escritos históricos, pelo menos um grupamento indígena que teriam vivido em buracos nos morros. Seu nome era Caupeses.


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Barriga até o meio das coxas.

Conforme essa lenda, "algumas vezes os cavaleiros [guaicurus] investem aos gentios [como erroneamente chamavam os indios] Caupeses, que moram em casas subterrâneas, e conta-se que desde a primeira idade começam a puxar a pele da barriga, até que chega a cair no meio das coxas, e este é o único vestido que usam para cobrir as partes que a natureza e o pudor mandam ocultar", conta Francisco Prado, um de nossos mais renomados historiadores. Não há absolutamente nenhum sinal da existência dessa tribo. Apenas uma interessante lenda pantaneira.


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Com a cabeça deformada.

Teria existido outro grupamento indígena, na mesma região dos Caupeses, que teriam o crânio propositadamente deformado. Seu nome era Cambeva. O crânio, conforme essa lenda, tinha o formato de mitra. Essa comparação com aquele chapéu pontudo, aproximadamente pentagonal,  usado por bispos e cardeais, tido como um capacete de defesa dos bispos que, assim, se tornariam inimigos terríveis das mentiras, não passa de uma invencionice, mais uma lenda.

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