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Em Pauta

Criança sem médico. Dá a chupeta para o bebê não chorar

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/08/2014 08:40
Criança sem médico. Dá a chupeta para o bebê não chorar

Não é fácil acalmar as dores das crianças na saúde municipal. O déficit de pediatras sobrecarrega os profissionais e faz as mães esperarem por mais de 4 horas para ver o filho ter atendimento. Filas de espera, portas fechadas por falta de profissionais, salas de espera lotadas de crianças doentes em busca de atendimento. Essa é a realidade nas unidades de saúde da Prefeitura de Campo Grande e a explicação é na imensa maioria das vezes uma só: a falta de pediatras.

A prefeitura conta com 140 pediatras e precisa contratar outros 112. Três concursos já foram realizados e não há nem esperança de preencher a necessidade. Onde está o problema? O pediatra tem de fazer uma especialização, são mais dois anos de estudos após a faculdade, e recebe da Prefeitura a mesma quantia que um clínico geral, que não precisa fazer residência. Esse é um dos motivos da decadência da pediatria brasileira. Mas o problema nos postos de saúde de ausência de pediatras é agravado pelos convênios - eles pagam mal. Todas as especialidades de médicos recebem muito mal dos convênios, mas a pediatria é a pior: nela não há o ganho adicional do que denominam "procedimentos".

Criança sem médico. Dá a chupeta para o bebê não chorar

Complementos, bizarrices e falta de atenção...

Um ortopedista recebe o baixo repasse dos convênios como o pediatra, só que o ortopedista além da consulta, recebe um tanto a mais por engessar um braço, é um dinheiro ganho que complementa a consulta. Pediatras não têm complemento nos convênios e nem na prefeitura. Além disso, o brasileiro já se acostumou com ad bizarrias de ser rapidamente atendido nos postos e pelos convênios. Mas nem uma só mãe admite que seu filho seja atendido às pressas. A pediatria é um atendimento mais demorado e muito mais atencioso que da média das outras especialidades médicas.

Atualmente, existem aproximadamente 400.000 médicos no Brasil e apenas 32.000 pediatras e o número diminui ano após ano. Já nem abrem seus consultórios após os 8 anos de estudos - seis anos de faculdade e dois anos de especialização. Não vale a pena, correm o risco de trabalhar para pagar as custas tão somente. Os convênios pagam, em média, R$ 66 por consulta a eles e cada criança atendida no consultório custa R$ 55. Sobram apenas R$ 11 por atendimento. É, de longe, a mais baixa remuneração da medicina. Só escapam os muito famosos que cobram muito caro, não atendem planos de saúde e trabalham 15 horas por dia. Adeus pediatria brasileira e campo-grandense.

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Melhoria das estradas compensa o pagamento de pedágio

A licitação de seis lotes de rodovias somando 4,8 mil km no Sudeste e Centro-Oeste pelo governo federal e de cinco rodovias estaduais no Mato Grosso do Sul deverá reduzir os custos operacionais de transporte de cargas, mesmo com o pagamento de pedágio.

Estradas em más condições podem representar alta adicional de 30% no custo operacional de caminhões, por conta de desgaste nos pneus, reposição de peças e aumento de gasto com diesel. A cobrança de pedágio deve representar uma alta de 12% no bolso dos proprietários de caminhões. Eles terão uma diferença de 18% que irão para o próprio bolso.

As obras das estradas federais, ainda que lentamente, já iniciaram. As licitações das estradas estaduais estão emperradas por motivações jurídicas apresentadas pelos concorrentes.

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O Sovaldi, remédio que cura a hepatite C irá faturar US$ 21 bilhões

Durante décadas, uma doença do fígado, que matava lentamente a pessoa infectada, sequer teve um nome, quanto mais um tratamento eficaz. Agora, um novo comprimido que promete curar a maioria dos casos da tal doença - mais tarde batizada de hepatite C - está sendo considerado o maior lançamento de um medicamento da história e vai catapultar sua fabricante, a Gilead Sciences, para a lista das grandes empresas farmacêuticas.

O comprimido, Sovaldi - cujo nome genérico é sofosbuvir - já registrou vendas de US$ 3,5 bilhões só no segundo semestre de 2013. Ao entrar no lucrativo setor do tratamento da hepatite C, a empresa da Califórnia praticamente dobrou sua expectativa de faturamento para algo entre US$ 21 bilhões e US$ 23 bilhões.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, sempre atrasada, ainda não aprovou o registro do Sovaldi, passo necessário para que ele possa entrar na lista de medicamentos dos SUS. Enquanto isso, vários pacientes estão movendo ações na justiça para que a importação do remédio seja coberta por operadoras de planos de saúde.

Nos Estados Unidos, aprovado em dezembro pela FDA, a agência norte-americana que controla os alimentos e medicamentos, o Sovaldi ultrapassou velozmente as vendas do Incivek, um medicamento anterior para a hepatite C.

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Ainda cabe recurso, mas STJ dá correção aos poupadores do Banco do Brasil

A decisão beneficia mais uma vez poupadores em recurso sobre perdas com os planos econômicos. A corte avaliou que todos os clientes do Banco do Brasil – de todo o país mesmo – que eram portadores de caderneta de poupança na época de adoção do Plano Verão (janeiro de 1989) terão direito a ter ressarcidas eventuais perdas no rendimento de suas aplicações. O julgamento em questão abrange uma ação civil pública que foi movida em Brasília contra o banco. O autor venceu e para o STJ houve entendimento de que os demais poupadores do BB teriam direito ao ressarcimento. Tanto o Banco do Brasil, como o Banco Central alegam que a ação deveria valer somente para Brasília.

A ação foi movida pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Já em recurso, o instituto defendia que a repercussão da decisão deveria ser nacional. Há, contudo, a expectativa de outro julgamento, este no STF (Supremo Tribunal Federal) em que será discutida se todos os bancos terão de pagar pelas perdas com todos os planos editados contra a hiperinflação no país no final da década de 1980 e início dos 1990. É esperar.

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