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Em Pauta

Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/09/2015 08:43
Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona

Os 18 minutos mágicos.

Uma sexóloga ficou famosa, nos anos 80, ao responder a uma carta de uma telespectadora em um programa de TV. A moça perguntava sobre a possível eficácia do pequeno órgão sexual de seu namorado que era um mágico. A sexóloga respondeu, rindo: "Querida, não interessa o tamanho da varinha, e sim a magia que ela proporciona". A recordação vem para argumentar sobre o tamanho de uma palestra. O padrão original é de 18 minutos. Eles estão relacionados com supostos estudos que indicam o tempo limite de atenção de um ser humano.

Não compro esse estudo como verdadeiro e absoluto. Relativizo. Creio que uma boa palestra está relacionada indubitavelmente com o conhecimento, mas também com alguma dose de entretenimento e de provocação. O que interessa é "...a magia que ela proporciona" e não, obrigatoriamente, seu tamanho.

Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona
Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona

A nova tendência de consumo: sai o produto "filtro" e entra o serviço "filtragem da água".

O novo século trouxe novas tendências de consumo. Até o final do século passado escolhíamos produtos de acordo com seu posicionamento no mercado, alinhado com o discurso oficial da marca. Agora, as relações de consumo se tornaram mais complexas. A necessidade de individualização cresceu, o questionamento das autoridades institucionais - incluindo ai os fabricantes de produtos - tornou-se uma tendência marcante, e incorporar o discurso coletivo da marca como parte de nossa figura pública passou a incomodar. Questiona-se tudo, discute-se tudo e tudo é criticado. E tem mais, outras tendências sociais passaram a interferir mais ativamente nas decisões de consumo. Questões relacionadas com a responsabilidade social, a saúde e a qualidade de vida, além, é claro, das novas ofertas e demandas da tecnologia, têm forte influencia sobre os padrões de consumo.

A primeira grande mudança em curso nos padrões de consumo refere-se à posse. Caminhamos para substituir a posse de um bem pelo benefício que ele nos oferece. Um bom exemplo dessa mudança, desconsiderando a questão do custo, é o filtro de água. Não precisamos ser donos do filtro. Ele pode continuar sendo propriedade de uma indústria de filtros desde que possamos beber água filtrada quando quisermos. O produto "filtro" se transforma no serviço "filtragem da água", e você deixa de se preocupar com a manutenção do produto.

Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona
Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona

As transformações da mulher mulçumana: do véu para a minissaia e a volta ao véu.

É comum: na cultura árabe, assim como em outras, a mulher encarna o sexo frágil, o sexo desigual, que não herda nada, nem sequer o nome de família, o sexo que pode trazer decência ou desonra. É um mundo de preconceitos. As mulheres seriam impotentes, indefesas, condenadas pela natureza a permanecerem fracas. Mas são apenas preconceitos. Não funciona assim.
Mesmo nas famílias mais conservadoras elas estão se tornando engenheiras, professoras, médicas, jornalistas, músicas ou artistas. Hoje, a maioria parece indispensável, mais forte, mais criativa e mais importante que os homens árabes. Uma heresia inaceitável até pouco tempo. Contudo os meios de comunicação ocidentais as representam envelopadas em xadores, escondidas sob máscaras, como se fossem cativas de um harém, dissimuladas atrás de véus. Elas passaram por transformações ao longo dos últimos anos.

O nacionalismo árabe conheceu seu auge nos anos 1950 e 1960. As ruas fervilhavam e transbordavam esperanças de mudanças. Os jovens e as jovens eram rebeldes. Os ideais de libertação e justiça social estavam em todos os pensamentos. O entusiasmo chegava a todos, até aos camponeses iletrados e, principalmente, às mulheres. Elas começaram a abandonar os véus. Foram estudar nas universidades. Militavam em partidos políticos. Passaram a usar minissaias. Por mais inacreditável, dançavam rock ´n ´roll, apesar do mal estar com os ocidentais, se ocidentalizavam.

Essa atmosfera idílica se dissipou quando Israel, apoiado pelo ocidente, derrotou o regime egípcio de Abdel Nasser, em 1967. Abriram espaço para a Irmandade Mulçumana, até aquele momento visto com indiferença. As mesmas forças ocidentais foram apoiar os islâmicos, em particular Osama Bin Laden, no Afeganistão, para conter os russos. Os véus retornaram.

Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona
Não interessa o tamanho da palestra e sim a magia que ela proporciona

Bancos começam a analisar o custo ambiental nos contratos de empréstimo.

Itaú, Rabobank e fundos de pensão começam a colocar como indicador de risco os problemas ambientais. Contrataram uma consultoria internacional, Trucost, especializada em custos ambientais. Esse é um passo que pode significar um estímulo para a adoção de melhores práticas ambientais no país. Taxas maiores, por exemplo, poderiam ser cobradas em empréstimos para negócios ambientais irresponsáveis. A consultoria diz que para cada R$ 1 milhão que o pecuarista embolsa, gera um impacto ambiental estimado em R$ 22 milhões. A conta do plantio de soja é bem inferior - a cada R$ 1 milhão faturado pelo sojicultor o impacto ambiental custa R$ 3 milhões.

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