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Em Pauta

No quesito eficiência do mercado o Brasil vai muito mal

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/03/2014 07:17
No quesito eficiência do mercado o Brasil vai muito mal

Brasil, eficiência não é tão ruim, mas detalhes são preocupantes

Quais os problemas da competitividade do país? Uma maneira de responder a essa pergunta é examinando os resultados do Ranking Global de Competitividade, elaborado pelo World Economic Forum. O estudo faz uma detalhada comparação de indicadores-chave para a competitividade entre mais de uma centena de países do mundo.
O resultado do ranking 2013/2014 mostra um quadro não tão ruim para o país. Entre 148 países, estamos na posição número 56, um recuo de oito posições. Ocupávamos a posição 48 no ranking 2012/2013. Na América Latina estamos atrás apenas do Chile – ocupa 34 posições – e do México, um posto a nossa frente. Entre os membros do quase esquecido Bric, estamos atrás apenas da China – vigésima nona colocada. Por estes dados, não deveríamos estar demasiadamente preocupados.
No entanto, quando estudamos os detalhes do ranking, a preocupação passa a ocupar maior espaço. Nossos mercados – de bens e de trabalho – são percebidos como muito ineficientes. A alocação dos recursos não é feita da forma mais produtiva. Dentre os 12 pilares da competitividade do ranking, no pilar “eficiência do mercado de bens”, ficamos na posição 123, nossa pior colocação no detalhamento do ranking.

No quesito eficiência do mercado o Brasil vai muito mal

O que nos faz escalar posições no ranking final é o pilar “tamanho do mercado”

Com 200 milhões de habitantes e uma classe média pujante, esse pilar nos coloca em nono lugar. Outro pilar importante para o Brasil é a “sofisticação dos negócios”. Neste quesito, estamos em 39 lugar. O país conta com aproximadamente 18 mil empresas médias e grandes. Muitas vezes mais que o México e a Argentina. Temos cadeia de produção completa, com uma grande quantidade de fornecedores em cada estágio da cadeia. Isso traz ganho de eficiência para a produção local.
Outros pontos críticos apontados pelo ranking estão ganhando o debate público e tanto empresários como governantes começam a direcionar algumas ações – pouca infraestrutura, complexidade da carga tributária e falta de capacitação da mão de obra – estão na pauta da sociedade e dela não deve sair nos próximos anos. A “eficiência do mercado de bens” é pouco debatida e muito preocupante.

No quesito eficiência do mercado o Brasil vai muito mal
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FIFA já tem mais de 900 contratos para a Copa do Mundo no Brasil

A Fédération Internationale de Football Association, comandada pelo suíço Joseph Blatter terá, no Brasil, a Copa do Mundo mais lucrativa da história. As projeções indicam que a edição brasileira deve ser a mais lucrativa entre as 20 Copas realizadas pela Federação desde 1930, quando o Uruguai, então campeão olímpico de futebol, teve a honra de sediar – e conquistar – a primeira Copa do Mundo.
Para a edição brasileira, a FIFA já contabiliza mais de 900 contratos referentes aos direitos comerciais do evento. Entre os principais parceiros definidos estão companhias globais, como Adidas, Coca-Cola, Hyundai, Emirates, Sony e Visa. Na relação de patrocinadores da Copa estão ainda nomes como Budweiser, Castrol, Continental, Johnson & Johnson, McDonald´s, Moy Park, Oi e Yingli.
A lista de apoiadores nacionais inclui Apex Brasil, Centauro, Garoto, Itaú, Liberty Seguros e WiseUp. A expectativa é a de que esses patrocínios, juntos, rendam à FIFA R$1,9 bilhão. A soma, acrescida das receitas de direitos de transmissão, de R$ 2,2 bilhões, faz com que a Copa 2014 resulte em mais de R$ 4,1 bilhões de receitas à entidade, sem contar os valores provenientes das vendas de ingressos. Na África do Sul, em 2010, a arrecadação total da entidade foi de R$3,3 bilhões. Em 2006, na Alemanha, a receita alcançou R$2 bilhões. Um excelente negócio.

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O futebol e o Brasil mudaram muito entre as Copas de 1950 e 2014

A competição é a mesma, a Copa do Mundo de Futebol. O país também é o mesmo, o Brasil. Mas os 64 anos que separam a Copa de 1950 da de 2014 marcam inúmeras diferenças. A Copa de 1950 foi disputada por 16 equipes – neste ano serão 32 – quase todas adotavam um esquema tático denominado “WM” e a posição dos jogadores em campo era rígida – defensores que não atacavam. Não havia substituições nem cartões.
Os juízes simplesmente conversavam ou expulsavam jogadores de campo. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não houve uma final propriamente dita, mas um quadrangular final entre Brasil, Uruguai, Espanha e Suécia. Coincidentemente, o último jogo reuniu os dois melhores, o Brasil, que jogava pelo empate, e o Uruguai, que nos superou por 2 a 1.
Fora de campo, os brasileiros dos anos 1950 elegeram, com 48,7% dos votos, Getúlio Vargas para o cargo que ele ocupara anteriormente como ditador. O grande debate político da época era a criação, ou não, de uma empresa estatal para a exploração do potencial de petróleo do país. Que viria a ser a Petrobras.

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Banco Central avisa: correção do FGTS vai encarecer financiamento habitacional

O mais recente pedido na justiça feito pelo Banco Central para evitar a correção ocorreu na semana passada. O objetivo é encontrar acordo para substituir a Taxa Referencial – popular TR – por outro índice que reflita as perdas inflacionárias. O questionamento foi levado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal Federal) e está firmado no princípio da isonomia de remuneração dos saldos do FGTS, considerando os financiamentos habitacionais.
Uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) está tramitando no STF e propõe a mudança imediata da TR para um índice que reponha as perdas inflacionárias - como INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ou IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A vigência da TR é mantida por decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

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Varejo: oito dicas para evitar o endividamento e recuperação judicial

O setor varejista nada de braçada por conta, principalmente, do aumento da disponibilidade de crédito nos últimos anos. Há quem, contudo, patina e, no ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mesmo tendo crescido 4,3%, o setor teve o pior crescimento anual desde 2003, quando houve queda de 3,7%.
É possível fugir do amadorismo. Entre os motivos para o desempenho ruim e queda nas vendas está a falta de qualificação; incorreta formação de preços, oferta inadequada de produtos; deficiência de atendimento; escolha infeliz de ponto; falta de aliança com fornecedores; ataques ao caixa.
Para quem deseja sobreviver: aplicar técnica na formação e preços; oferecer mix de produtos conforme o consumidor; atender de forma cordial; estudar o ponto antes de escolher a localização; vigiar e defender o caixa.

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Pensa em estudar fora ou no Brasil? Fundação Estudar oferece bolsas para jovens talentos

Sem fins lucrativos, a instituição atende estudantes de graduação, pós-graduação exterior e intercâmbio acadêmico. Estudantes de 16 a 34 anos podem se inscrever até 30 de março. São quatro categorias de bolsas elegíveis: graduação no Brasil, graduação no exterior, pós-graduação no exterior (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e intercâmbio acadêmico ou duplo-diploma no exterior durante a graduação. Podem participar do processo estudantes que estão matriculados ou em fase de aceitação em instituições de ensino de excelência. Informações pelo site: http://bolsas.estudar.org.br/.

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