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Em Pauta

Os brasileiros estão entre os povos mais felizes

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/01/2018 08:09
Os brasileiros estão entre os povos mais felizes

Como descreveria teu dia de hoje? Um dia normal, um dia particularmente bom ou ruim? Pew Research, uma das maiores consultorias do mundo fez essa pergunta a 42 mil pessoas de 38 países. Os resultados surpreenderam. Os lugares onde mais pessoas qualificaram seu dia como bom são, na ordem, Nigéria, Colômbia, Gana, Brasil e Filipinas. Na ordem inversa, onde há mais gente infeliz são Japão, Polônia, Espanha, Coreia do Sul e Hungria. Chama a atenção que tenha mais gente feliz em países pobres. Todos os países que superam o 40% de dias bons têm um PIB inferior a 20 mil dólares por habitante. E tem mais. Os países com mais gente feliz têm menos esperança de vida, desigualdade maior, pior educação e poucas redes de apoio familiar. Esses resultados estão abalando os conceitos de bem estar na Europa. Procuram explicar o fenômeno inesperado com outros índices que consideram mais objetivos.

 

FONTE: EL PAIS

Os brasileiros estão entre os povos mais felizes
Os brasileiros estão entre os povos mais felizes

As mães ganham menos que mulheres sem filhos.

O pressuposto é: o que acontece no Reino da Dinamarca, também ocorre no mundo. É bem provável que seja pior. Ninguém duvida que os nórdicos lutam efetivamente pela igualdade salarial entre homens e mulheres. No início dos anos 80, a diferença média entre homens e mulheres era de 15% na Dinamarca. Em quase todo o mundo, inclusive no Brasil, era o dobro. Mais de 30 anos depois, essas diferenças não sofreram qualquer ajuste, permanecem as mesmas, com insignificantes variações.
Dois economistas de uma universidade dinamarquesa estudaram o que acontece com as diferenças salariais após parto para tentar decifrar o enigma. Comparando homens e mulheres semelhantes em termos profissionais, educacionais e pessoais, os rendimentos de homens e mulheres antes de terem filhos são aproximadamente semelhantes. A Dinamarca conseguiu aproximar os salários. Mas essa realidade não aparecia nas pesquisas. Descobriram que logo no ano a seguir ao primeiro filho o rendimento das mulheres cai 20%.
Em partes aproximadamente iguais, isto deve-se à redução no número de mulheres que continua ocupando um posto de trabalho, muitas vão para casa cuidar do filho. Também ocorre redução no número de horas de trabalho e, por fim, redução no rendimento por hora trabalhada. Esse impacto é permanente. Dez anos depois do primeiro filho, ele persiste com poucas alterações. As mães nunca recuperam os salários.
No Brasil, há nos subterrâneos do emprego, uma novidade: mais e mais empresas estão procurando mulheres sem filhos ou com filhos "criados".

Os brasileiros estão entre os povos mais felizes

OIT: pobreza e precariedade no trabalho aumentarão.

A evolução tímida no emprego no ocorre apenas no Brasil. Essa é a realidade mundial. Ela acentua as situações de vínculo precário ou vulnerável no mundo, bem como situações de pobreza. O alerta está sendo dado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estima o aparecimento de mais 34 milhões de empregados em situação de vulnerabilidade entre 2018 e 2019.
"Com as melhorias no emprego a manterem-se modestas, o número de trabalhadores em situação vulnerável (empregos por conta própria ou trabalho com familiares) deverá aumentar nos próximos anos", é o que diz o novo "World employment social outlook", que acaba de ser divulgado. A OIT também lembra que o mercado de trabalho têm feito apenas fracos progressos na área de pobreza. Em 2017 a pobreza entre pessoas empregadas espalhou-se, com mais de 300 milhões de pessoas a apresentarem um PIB per capita ou consumo diário de tão somente US$1,90.

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