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Em Pauta

Pesquisas eleitorais: a economia determina, o resto é miçanga

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/08/2022 06:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Depois de uma pesquisa mostrar o crescimento de Bolsonaro em Minas Gerais e São Paulo, levantando os ânimos bolsonaristas, veio a pesquisa do Ipec - antigo Ibope - levando ao desânimo às hostes do presidente. Os meios de comunicação estão abarrotados de análises, quase todas utilizando métodos esclerosados, com maior probabilidade de erro, "acreditando", fazendo "fé", em um ou outro instituto de pesquisa. Escrevi, e repito, a modernidade mostrou nos EUA e na Europa que só um agregador de pesquisas nos dá melhores condições de análise. Esse agregador é um algoritmo que reúne todas as pesquisas, mostrando um quadro mais claro do momento eleitoral. Somente o jornal Jota está adotando essa nova metodologia no Brasil.


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Análise por faixas de renda.

Na fatia que concentra cerca de metade dos eleitores, de renda menor que dois salários mínimos, Bolsonaro cresceu 5% - agora tem 25% contra 52% de Lula, mostra o agregador de pesquisas. Na faixa de dois a cinco salários mínimos, houve o maior crescimento de Bolsonaro, passando de 25% no início do ano, para 33% em agosto. Lula se manteve próximo a 43%. É nessa faixa de renda que as campanhas deveriam pensar melhor. São vazias. Já entre os eleitores que ganham mais de cinco salários mínimos, o atual presidente continua liderando, com 44%, mas, Lula vem crescendo nesse segmento, chegou a 38%.


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Expectativa de melhora da economia.

É aqui que será decidida a eleição presidencial. Todo o resto não passa de miçanga, serve para enfeitar a campanha. Em junho, 63% dos eleitores acreditavam que os preços subiriam nos meses seguintes. Em agosto, essa péssima percepção da economia, caiu para 44%. É isso que o agregador do Jota demonstra. O ambiente eleitoral afastou muitas nuvens escuras dos céus bolsonaristas.


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A capacidade de comunicar os benefícios governamentais.

Saem príncipes incompetentes, entram marqueteiros de peso. Essa mudança de quem conduz a campanha eleitoral também é fundamental. De nada adianta melhorar a economia se não souberem comunicar as melhorias à população. Há muita puxação de saco e bobagens na campanha bolsonarista. Atacar religião dos outros por exemplo, além de ilegal, só fala para a "seita" dos Bolsonaros de plantão. É um erro infantil.


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Lembrem-se da destruição da economia do governo Dilma.

A metralhadora deve ser dirigida ao péssimo desempenho econômico petista em seus últimos anos e, ao mesmo tempo, enaltecer os múltiplos auxílios aos mais carentes que o governo começou a desembolsar. Apenas para corroborar a afirmação: as mulheres são o "trem" da economia familiar nordestina. Criar melhores condições de vida para elas, as chefes de família do decisivo Nordeste, é de extrema importância. Uma informação preciosa: mais da metade dos recursos dos variados auxílios está indo para essa região do país que conta com a segunda maior população do país. Em resumo: o jogo eleitoral apenas começou.......
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