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Em Pauta

Proteger dados pessoais é cuidar da segurança e pode ser vital

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/09/2021 07:15
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Golpes e mais golpes. Golpe do pix, golpe do sequestro, golpe do acidente, clonagem de celular, de cartão de crédito. Os muros e cercas de tua casa não lhe dão segurança física, mas a falta de cuidado com teus dados pessoais podem destruir tuas finanças e, talvez, tua vida. Vamos à mais improvável, porém possível: a vida perdida através dos dados pessoais. A história holandesa e a francesa demonstram o perigo.


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Um holandês e as máquinas Hollerith.

Jacobus Lentz não era nazista, mas fez mais pelo regime nacional socialista alemão que a maioria de seus mais extremistas seguidores. Era o responsável pelo registro da população holandesa e tinha um plano para "melhorá-lo". Os holandeses, à beira da catastrófica guerra não aceitaram suas ideias. Também entenderam que eram contrárias às tradições democráticas holandesas. Lentz, após a invasão nazista, apresentou-as à Kriminalpolizei do Reich. Todos os holandeses passaram a ser obrigados a ter uma carteira de identidade. Além das carteiras, Lentz convenceu os alemães a comprar varias maquinas tabuladoras Hollerith, vendidas pela IBM, que usavam cartões perfurados para gravar e processar dados. Um dos dados era a religião. Os nazistas tiveram enormes facilidades de encontrar os judeus holandeses e levarem para as câmaras de gás.


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O francês que ludibriou os nazistas.

Com o sucesso holandês, os nazistas tentaram empregar a mesma metodologia na França ocupada. A França nada sabia sobre seus judeus e nem seus endereços. Convocaram René Carmille, um auditor que entendia de censo. Esse francês, imediatamente aceitou o projeto e, tal como o Lentz holandês, fez os alemães adquiriram maquinas Hollerith da IBM. A diferença é que Carmille era da resistência francesa e nunca perfurou os dados dos judeus. Salvou, comprovadamente, mais de 100.000 judeus franceses. Mas não a si próprio. Foi preso e morreu em um campo de concentração, algo que sabia que ocorreria desde o início.


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A maior taxa de mortalidade de judeus que ocorreu, pertence à Holanda.

A falta de proteção de dados pode matar. Os holandeses sofreram a maior taxa de mortalidade de seus judeus em toda a Europa: monstruosos 73%. De uma população estimada de 140.000 judeus, mais de 102.000 foram assassinados. A taxa de mortalidade dos judeus na França foi de 25%. De uma população estimada de mais de 300.000 mil judeus, 82.000 foram mortos.

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