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Em Pauta

Quem quer ser drag queen, levante a mão

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/01/2018 07:52
Quem quer ser drag queen, levante a mão

Em N.York, desde o outono de 2016, uma biblioteca pública do Brooklin pôs em marcha uma iniciativa para incentivar a leitura para crianças. Uma drag queen lê um conto para crianças de tenra idade acompanhados por seus pais. A contadora de história que leva o nome de Little Hot Mess (algo como Pequeno Desastre Quente), pergunta às crianças, antes de começar a leitura do conto, quem quer ser uma drag queen quando crescer. Muitos pequenos levantam as mãos. Não sabem que tipo de vida leva uma drag queen. Aliás, alguém sabe? É uma opção sexual, um mera fantasia, um estilo de vida?
O evento transcorre entre contos, canções e danças. Não faltaram polêmicas, protestos e ameaças a essa iniciativa da biblioteca. A direção da biblioteca defende a iniciativa dizendo são questões necessárias para introduzir de forma lúdica e natural questões necessárias para a educação das crianças como são os valores de igualdade, tolerância e conhecimento da diversidade de gênero. O "Drag Queen Story Hour" (A Hora da História com o Drag Queen) teve grande afluxo de crianças nos primeiros dias. Levar alguém para ler histórias nas bibliotecas é um excelente costume dos norte americanos. Após o 11 de setembro, por muitas semanas, levaram os heroicos bombeiros que salvaram a vida de centenas para essas leituras em bibliotecas. Mas levar drag queen para incentivar crianças a ter esse futuro é aconselhável? Não é exagero? Assustou muita gente e continua criando polêmica.

Quem quer ser drag queen, levante a mão

Feminismo: pobres indefesas sob o controle de demônios falocratas?

Enquanto o brasileiro deseja ardentemente levar todos os políticos à decapitação, o mundo ocidental vive uma onda de extermínio dos homens, pelos menos da parte machista. Milhares de homens estão presos por assediar ou violentar mulheres nos EUA e na Europa. Pela primeira vez em muitas décadas, na Espanha há mais presos machistas que traficantes. Os famosos - artistas e políticos - estão no paredão. Qualquer movimento em falso, qualquer cantada mal interpretada e zás... vão ver o sol nascer quadrado. Mas há resistência.
Na França uma centena de mulheres artistas e intelectuais renomadas acabam de lançar um protesto contra o que chamam de "clima de puritanismo sexual", que foi desatado pelo famoso caso Weinstein (um produtor de cinema hollywoodiano que tentou ter relações sexuais com dezenas de artistas). O protesto, publicado pelo Le Monde, está firmado por conhecidas personalidades da cultura francesa, com a atriz Catherine Deneuve, a cienasta Brigitte Sy e a artista Gloria Friedman. Diz que: "a sedução insistente ou torpe não é um crime, nem os galanteios [são] uma agressão machista". Também lamentam que converteram as mulheres em "pobres indefesas sob o controle de demônios falocratas". Algumas das signatárias do manifesto, anteriormente, haviam descrito o feminismo atual como uma nova forma de totalitarismo. Peggy Sastre a mais famosa filosofa francesa vai além: "O feminismo foi convertido em estalinismo com todo seu arsenal: acusação, ostracismo, condenação".

Quem quer ser drag queen, levante a mão

Sete anos depois, o que restou da Primavera Árabe.

Uma onda revolucionária sacudiu o mundo muçulmano. Gritavam por democracia e liberdade. Somente na Tunísia houve a consolidação da democracia. Precisamente no menor dos países do Magreb - países da África na borda do Mediterrâneo. E foi lá que tudo começou. O pavio da bomba foi aceso quando um jovem camelô ateou fogo em seu corpo quando a polícia tomou sua carroça e as poucas frutas que vendia. A imolação de Mohamed Buazizi em 17 de dezembro de 2011 desencadeou uma reação popular que forçou a fuga do ditador Ben Ali. Foi a primeira de mais de dez ondas que varreram o mundo muçulmano, mas o que resta delas é o mesmo de sempre - autocracias mais ou menos restritas e uma maioria de estados falidos - como o Yêmen e a Líbia - apesar da riqueza transbordante do petróleo. Ou pior, sangrentos campos de batalha como na Síria.
Os dois Estados hegemônicos que encarnam as duas principais correntes do islamismo - a Arábia Saudita sunita e o Irã xiíta -, em conjunto com os Estados Unidos e a Rússia, moveram os fios dos títeres dessa imensa região. Somente o Líbano foi uma exceção, apenas no país levantino a Primavera Árabe não cobrou vidas e nem foi uma decepção. Em 2005, 6 anos antes da Primavera, o assassinato do ex-primeiro ministro Rafik Hariri, havia desencadeada a denominada Revolução dos Cedros, com massivos protestos que provocaram a retirada das tropas sírias depois de 29 anos presentes em território libanês. A partir daí, a política libanesa se dividiu em dois blocos: o dos xiítas do Hezbollah e o sunita, liderado por Saad Hariri, filho do ministro assassinado. Os líderes lograram um acordo que livrou o Líbano do maremoto provocado pela Primavera Árabe.

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