Silêncio que alerta: a perda auditiva está relacionada com o Alzheimer
Os médicos aconselham aos idosos fazer revisões periódicas e não esperar ter problemas graves de audição para só depois buscar solução. Quem vai ao otorrino uma vez ao ano? Essa é uma agenda que deveria ser incluída no rol de outras tantas que aqueles com mais de 60 anos cumprem. Os dados são preocupantes: um em cada quatro idosos vive com perda de audição, segundo a OMS.
Não é só surdez, o risco é de demência.
As consequências da perda auditiva podem ir mais além das dificuldades para seguir uma conversação, falar por telefone ou escutar a campainha de casa. A perda auditiva não tratada leva a uma ameaça gestada no cérebro: o aumento do risco de deterioração cognitiva e demência, e especificamente de Alzheimer.
Perda de dez decibéis leva a 16% de chance de demência.
Um estudo recente publicado na revista cientifica “Ageing Research Reviews” concluiu que a deterioração de 10 decibéis está associada com um aumento de 16% no risco de padecer demência. Dez decibéis é o som equivalente a folhas farfalhando ou um relógio tiquetaqueando, é uma perda muito leve. Conforme outro estudo, publicado na “The Lancet Public Health”, o número de pessoas com demência saltará de 57 milhões para 152 milhões nos próximos anos. Quase triplicará. É assustador.
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