Um vaso sanitário dura mais que a maioria dos casamentos
Experimente falar sobre vaso sanitário com amigos. Não importa onde ou com quem esteja, a reação é sempre a mesma. Primeiro, o silencio. Depois, começa a surgir certo incômodo. Logo a seguir, todos querem saber mais. As pessoas perguntam porque não se pode falar disso. É uma parte de nossas vidas que escondemos inclusive das esposas e maridos. É devido a esse tabu que levou muito tempo para sofrer mudanças importantes.
23 anos instalado.
A média de um vaso instalado é de 23 anos, mais que a maioria dos casamentos e ainda assim, é um dos produtos para as residências menos sofisticado. Nessa mesma roda de amigos em que você estava, certamente existirão alguns que se sentirão envergonhados caso tenham de usar o vaso sanitário da residência de outra pessoa. Como sociedade só centramos naquilo que é bonito. Tampouco gostamos de envelhecer e fazemos de tudo para evitá-lo. Mas não podemos impedir de tomar banho todos os dias e sentar em um vaso.
Inovar é necessário.
Há modelos que vem sendo estudados para durar 50 anos. Também há estudos com modelos já à venda de vasos que economizam água, uma exigência ecológica e financeira. Só há poucas décadas incorporaram o bidê ao vaso sanitário, mas no Brasil, esse modelo é raro e caro apesar da primeira patente, suíça, ter sido criada nos anos cinquenta.
O boom japonês.
Durante muito tempo, o vaso sanitário foi relegado ao esquecimento. Estavam em residências que necessitavam de cuidados médicos. Quando chegou ao Japão, causou verdadeiro furor. Estavam acostumados a limpar-se apenas com água na parte externa das residências, enquanto a Europa tinha adotado o papel higiênico há mais de 300 anos e tinha os raros vasos dentro das casas. E foi essa inovação nas residências japonesas que fizeram com o que o mundo começasse a usar os vasos em todas as casas. Um boom nipônico.
Conversando sentado em vasos sanitários.
Durante o Império Romano, os italianos adotavam vasos sanitários, semelhantes aos adotais, em lugares públicos. Era o “foricae”. Funcionava como lugar para socializar enquanto os cidadão faziam suas necessidades. A moral cristã proibiu esse costume e criou o tabu que temos até os dias atuais.
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