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Em Pauta

Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/03/2018 09:35
Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer

A revista Science acaba de publicar uma nova técnica de combate aos tumores cancerígenos. Os cientistas do Dana-Faber Cancer Institute junto com seus colegas do Harvard Medical School criaram anticorpos que aderem às proteínas das células do câncer, impedindo sua degradação. Aparentemente, soa como uma proteção das células tumorais, mas é o inverso.
O câncer é, antes de tudo, um duelo de inteligência entre células que não param de dividir velozmente e células comuns, que não se dividem. O sistema imunológico detecta as células cancerígenas por saber reconhecer as proteínas características de sua superfície. Detectadas, o corpo envia células especiais, denominadas linfócitos, para combater as cancerígenas. As células tumorais não ficam paradas aguardando o ataque, respondem secretando enzimas que lhes arrancam as proteínas superficiais, uma técnica de camuflagem. E assim seguem crescendo sem ser percebidas. A ciência está criando um novo elemento nessa guerra, envia anticorpos que impedem o disfarce das células cancerígenas.
Os testes foram feitos em ratos e obtiveram sucesso. Todavia, qualquer aplicação clínica em humanos deverá ter em conta a possibilidade de efeitos secundários. É uma nova técnica. Uma nova esperança. Mas demanda aprovação após longos testes em humanos.

Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer

Duas novas pesquisas para eliminar placas de Alzheimer.

As pesquisas com imunoterapia estão na ponta da ciência médica atual. Uma nova terapia contra o mal de Alzheimer conseguiu reduzir o característico acúmulo de placas no cérebro, retardando o declínio mental característico dessa doença. Foi realizado um estudo envolvendo 165 pacientes. Metade recebeu um placebo e a outra metade tomou uma injeção mensal de "aducanumab", um anticorpo humano. Os pacientes foram acompanhados ao longo de um ano. Foi observado que o anticorpo causou a retração das placas no cérebro e, mais importante, desacelerou a degeneração cognitiva. A terapia foi desenvolvida por pesquisadores dos EUA e da Suíça.
Há outra pesquisa, de Cleveland, nos EUA, com a descoberta de que esgotar uma enzima, denominada BACE1, pode reverter a formação das placas características do Alzheimer. Essa pesquisa ainda não chegou a humanos. Os testes foram concluídos, com êxito, em camundongos.

Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer

Ancestrais: o temor do futuro próximo.

Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer
Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer
Uma nova imunoterapia entra na guerra contra o câncer

Há pinturas rupestres em todo o mundo. Existem dezenas, talvez centenas de cavernas no Mato Grosso do Sul com belíssimas pinturas feitas pelos ancestrais de nossos indígenas. Mas "a caverna das cavernas" fica no sul da França. Chauvet é o nome de seu descobridor e dessa caverna. Essa caverna é de uma época em que a inteligência era uma habilidade mágica para os humanos, uma capacidade para antecipar incertezas.
Imaginem um tempo tão remoto em que o racionalismo não havia aparecido e os pensamentos não estavam classificados como hoje. Era muito diferente, um mero pensamento que passava pela cabeça de um homem do Paleolítico era um espírito que habitava seu corpo. Os usos mentais eram tão confusos como esotéricos. Davam lugar a um mundo interior poderoso que hoje está só em nosso inconsciente.
As pinturas da caverna de Chauvet são tão impressionantes que os sonhos desse cientistas se converteram em pesadelos. Lhe mostraram uma maneira de entender o mundo até então desconhecida. Essa caverna ficou fechada por quedas de rochas há 20.000 anos. Seu descobridor, o espeleólogo Jean-Marie Chauvet, se surpreendeu ante seu próprio achado. Eram pura emoção. Uma riqueza assombrosa de pinturas que representam ursos, cavalos, bisontes e renas com oito patas para que, desta forma, se conseguisse a ilusão de movimento.
Ao contrário de quase todas as pinturas rupestres do mundo, as de Chauvet não tinham uma intenção decorativa e nem significado algum de ordem estética já que foram feitas em um lugar oculto. Essas criações pictóricas representavam o momento de temor do homem perante seu futuro mais próximo, perante a incerteza de seu próximo encontro com o perigo ou a morte.
Quando o caçador entrava na obscuridade da caverna onde ele acreditava que habitavam os espíritos, tratava de ser possuído por eles à luz da tocha que levava e que iluminava a representação da besta. Assim ele se familiarizava com os perigos que teria de enfrentar no futuro próximo. Era como se ele tivesse esse futuro a sua frente. Nossos antepassados antecipavam o futuro com a ajuda dos espíritos que animavam sua confusa inteligência. Ao invocar os espíritos, o que estavam fazendo nossos antepassados era nada mais que tentar entender o futuro. É muito diferente do que alguns creem hoje?

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