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Em Pauta

Vacina de pobre, vacina de rico. A Europa vacinará em poucos dias

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/12/2020 07:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Com a Europa atravessando o trágico umbral dos 400.000 mortos por covid-19, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o organismo correspondente à Anvisa brasileira, acelerou os processos de aprovação das duas vacinas que já solicitaram: a da Pfizer e a da Moderna, ambas fundamentadas no RNA. A primeira, deverá ser aprovada no dia 29 de dezembro e a da Moderna em 12 de janeiro. A Inglaterra, que faz parte da União Europeia, mas está de saída, acelerou ainda mais, marcou a aprovação da vacina da Pfizer para o dia 07 de dezembro. Os EUA também estão com datas certas para aprovação: a vacina da Pfizer será liberada no dia 10 e da Moderna, no dia 17 deste mês


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Segurança e eficiência.

Serão analisados tão somente os testes relativos à segurança e eficiência das duas vacinas. Nada mais interessa neste momento. Se não matam e não causam doenças graves, além de ter eficácia acima de 60%, é o que interessa para os europeus. Por lá, não há guerrinha idiota de egos de políticos almejando eleições. Todos estão interessados tão somente em aprovar as duas vacinas que merecem as maiores suspeições por usarem uma metodologia inteiramente nova. Não há uma só vacina no mundo feita com base no RNA. Enquanto no Brasil, as duas possíveis - a chinesa e a inglesa - usam metodologias experimentadas há dezenas de anos. Todas as dezenas de vacinas existentes no mundo, usam os métodos aplicados nessas duas vacinas que algum dia serão aplicadas no Brasil. Não há motivo algum para delas suspeitar.


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Vacina de pobre e vacina de rico.

A riqueza comanda o processo das vacinas. O Ministério da Saúde brasileiro acaba de anunciar que "a vacina da Pfizer está fora do perfil desejado para o país". Diz que a baixíssima temperatura para preservar essa vacina (-70 graus Celsius) não é condizente com os interesses nacionais. Conversa fiada. O Brasil não tem dinheiro para comprar as vacinas baseadas em RNA. São caríssimas. Foram feitas com bilhões de dólares e de euros. Criadas para atender norte-americanos, canadenses, japoneses e europeus. Nem pensaram em vender para o Brasil. No lado oposto, as quatro vacinas chinesas em fase 3 de testes, ainda que tenham recebido uma montanha de renminbi, dinheiro chinês, foram desenvolvidas para atender, preferencialmente, os países àrabes, latinos e africanos. Só temos a possibilidade de comprar a vacina inglesa por ela buscar um contrato de longo prazo, a custo inicial muito menor que as vacinas de RNA.


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No balcão x dormindo no escritório.

Se não podíamos, desde o início, competir na compra de vacinas de RNA, de maior rapidez de produção e mais caras, não precisávamos ficar dormindo em "berço esplêndido" nos escritórios dos burocratas. Há uma diferença que ainda não chamou atenção no Brasil. Enquanto norte-americanos e europeus estavam nos balcões das vacinas, acompanhando todos os dias as evoluções, os burocratas brasileiros ficaram aguardando que lhes fossem apresentados os resultados das vacinas. Perdemos e continuaremos a perder muitos dias para que as vacinas chinesa e inglesa sejam aprovadas. Tempo perdido por inépcia. O elefante da burocracia brasileira continua o mesmo. Faminto por salários, vagaroso e meio parvo. Mas, calma, as vacinas chinesa e inglesa não metem medo, nem despertam dúvidas, nos cientistas. Só o preconceito e a idiotia política procuram pelo em ovo. O governador do Rio de Janeiro acabou de declarar que a vacina inglesa, a ser oferecida pelo governo federal, deve ser priorizada para os cariocas. O governador tem razão. Se existir vacina contra milícias, boa parte deve ir para o Rio de Janeiro. Caso tenham criado vacina contra arrogância, o governador e sua turminha devem estar na primeira fila. Pena que não existia vacina na época de Mem de Sá, primeiro governador do Rio. Foi lá que a avacalhação começou.
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