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Finanças & Investimentos

Guia de viagens na crise: o que fazer com o dólar acima de R$ 3,00?

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 15/04/2015 08:51

Não sei se você concorda, mas pra mim viajar é investir em experiências que o dinheiro pode comprar, mas que não têm preço. Não há nada melhor do que arrumar as malas depois de uma longa temporada de trabalho sabendo que dali em diante tudo será uma festa! E a sensação do último dia de trabalho antes das férias então? Nem se fala!O problema é que ultimamente tem sido difícil se dar ao luxo de algumas extravagâncias, entre elas as viagens de final de semana e feriado, por exemplo. Para algumas pessoas, até mesmo a viagem de férias teve que ser cancelada por causa do dólar a R$ 3,00 (estou sendo boazinha, afinal todo mundo sabe que está R$ 3,15).Mas como eu acredito que viajar é experimentar, sugiro que antes de abrir a carteira ou o berreiro, você abra a mente para novas possibilidades. Por isso, quando o seu filho te perguntar “Será que vai dar para viajar esse ano?”, relaxe, pois as chances de um “Sim” são enormes.Tudo o que você precisa é de planejamento para fazer boas escolhas e de dedicação pra voltar das férias com o saldo positivo e apenas boas lembranças na bagagem.

Guia de viagens na crise: o que fazer com o dólar acima de R$ 3,00: A pedido do Dinheirama, elaborei este guia prático de viagens em períodos de vacas magras e moeda estrangeira gorda. Mas, antes das dicas, uma informação importante que precisa ser levada em consideração na escolha do destino.Ao contrário do que aconteceu conosco, alguns de nossos vizinhos (alternativas mais que bem-vindas em tempos de dólar alto) não tiveram a mesma desvalorização de suas moedas frente à moeda norte-americana (fazer o quê, né?). Ou seja: teremos que ser ainda mais criativos!Olha só a situação: nos últimos seis meses, as moedas da Argentina, Chile, Uruguai e Peru se valorizaram em média quase 30% em relação ao Real. Isso quer dizer que se antes dava para se deliciar com uma bela parrilla argentina por R$ 70,00, agora você terá que desembolsar R$ 91,00.Em contrapartida, a Colômbia está uma pechincha! Apenas 4% de valorização em relação ao Real! Bora conhecer Cartagena e Bogotá?

Já aqui no Brasil, os preços estão estáveis, apesar da alta do dólar (até quando, não se sabe!). Para ver os valores caírem de verdade, o cenário teria que ser bem pior, com alta acentuada de desemprego e baixa procura pelos destinos nacionais, o que não é o caso no momento (mas nada de desejar a derrocada do país para viajar mais barato, hein?).Vamos ao passo a passo:

1. Não se engane!Com o dólar acima de R$ 3,00, viajar pelo Brasil nunca pareceu tão barato. Se a gente dividir o preço do hotel, passagem aérea ou da água de coco de Copacabana por 3, como se fosse pagar em dólares, vamos chegar à conclusão de que ficou uma pechincha.
Imagine você, uma diária em um All Inclusive em porto de Galinhas na alta temporada a US$ 240! Pena que a gente continua ganhando em reais e na hora de converter fica uma desgraça. Ou seja, se você recebe em Real, não caia nessa armadilha.

2. Escolha bem a época da viagem: Não é segredo para ninguém, viajar na baixa temporada pode sair até 70% mais barato do que nos períodos mais procurados. Não precisa nem procurar muito. Uma busca pela internet é o necessário para um universo de oportunidades.Com saídas em maio de 2015, dá para encontrar pacotes com aéreo, hospedagem pra quatro dias e café da manhã em várias capitais do nordeste a R$ 700,00, uma pechincha!Por isso, se possível planeje as férias para o mês de abril, maio, setembro ou outubro, períodos de baixa temporada em qualquer lugar do mundo.Outra tática que funciona é escolher destinos que costumam ser caros uma semana antes dos feriados. Como fica todo mundo segurando a viagem para o feriadão, essa é a hora de encontrar boas pechinchas em pousadas, hotéis e companhias aéreas.

3. Vá no contra fluxo: O Brasil tem cidades repletas de cultura, belezas naturais, paisagem urbana e outras riquezas que ficam esquecidas por quem vive aqui. Que tal conhecer uma capital como São Paulo, Curitiba ou Belo Horizonte enquanto essas grandes cidades estão “evacuadas” por conta dos feriados?Não haverá congestionamentos, as passagens estarão com desconto porque o fluxo inverso é infinitamente menor e você ainda pode pegar boas promoções nos shoppings centers se for troca de estação ou, mais econômico ainda, dar um passeio pela 25 de março em São Paulo.

4. Use suas milhas: Quem consegue usar o cartão de crédito como um aliado só tem a ganhar com os programas de milhagens oferecidos pelas bandeiras de cartão. Mas, repito, fuja da alta temporada ou prepara-se para passar noites em claro a espera daquelas promoções relâmpago. Ainda é possível viajar dentro do Brasil com 10.000 pontos, basta esperar o momento certo.Se você viaja muito a trabalho, jamais subestime o poder das milhas aéreas. Um trechinho aqui e outro ali podem garantir uma passagem para a viagem dos sonhos amanhã. Cadastre-se em todos os programas, pontue no check-in e fique atento às datas de vencimento das milhas para não perdê-las! Se não der para viajar, venda os pontos e guarde o dinheiro para a viagem.

5. Divirta-se mais e compre menos: Tem gente que viaja para comprar. Nada contra, mas em época de dólar alto, inflação e desemprego não aconselho banhos de loja para ninguém. Minha sugestão é a seguinte: troque os roteiros de compras por bons restaurantes, parques, museus, cafés, bairros pitorescos, passeios de bicicleta, passeios no parque, mergulhos no mar etc.Use a criatividade para desfrutar de um lugar desconhecido e levar na bagagem mais do que roupas, perfumes e bebidas. Carregue emoções que podem ser gratuitas e durar para sempre. Essa pode ser a oportunidade que você precisa para se reaproximar do filho, da esposa ou do marido. Viagens são mágicas, aproveite!

6. Cuidado com as parcelas: A tentação é enorme. Pacotes completos com hospedagem, aéreo e café da manhã por uma “parcelinha amiga”. Tudo parece tão fácil quando a gente divide em 10 vezes, mas não se esqueça que além das parcelas, você terá as outras despesas com alimentação, transporte, passeios, traslado, além da conversão para moeda local, se for uma viagem internacional.Coloque tudo no papel antes de decidir o destino. A viagem será um desastre se quando voltar pra casa você encontrar uma fatura que não cabe no orçamento. A vida continua depois da viagem, lembre-se disso!Conclusão: Fazer a viagem dos sonhos com um dólar acima de R$ 3,00 ainda é possível, mas você terá que valorizar ainda mais a educação financeira e a necessidade de planejar bem as decisões que envolvem este momento tão mágico.Agora com licença que vou até ali chorar uma folga pra semana que vem, já que é baixa temporada… Boa viagem e até a próxima!

Fonte: dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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