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Finanças & Investimentos

Pai rico, filho nobre, neto pobre? Educação financeira, a melhor herança!

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 10/07/2015 08:37

É muito provável que você já tenha ouvido a expressão “Pai rico, filho nobre, neto pobre”. No entanto, não é tão provável que você tenha refletido sobre os motivos de vários criadores de fortuna terem seus sucessores enquadrados neste dito popular. Por que será que é tão comum ver famílias desperdiçando oportunidades?

A realidade e o problema: Até onde eu sei (e pesquisei), este ditado surgiu lá na época da pré-industrialização, no início do século passado, quando alguns homens e mulheres de sucesso começaram a construir seus negócios. Eles dedicaram muito esforço pessoal e seus objetivos estavam mais vinculados aos seus sonhos do que ao planejamento para gerar riqueza financeira.O fato é que a maioria deles não tinha ideia do sucesso que fariam e, portanto, não se prepararam para usufruir de suas fortunas e tampouco ensinaram seus filhos algo sobre isso. Em muitos casos, seus filhos desfrutaram da riqueza herdada, mas não a multiplicaram.
Já os netos, que também não receberam a educação financeira adequada (porque ela não existiu no dia a dia de seus pais), se sentiram no direito de também ter riqueza (sempre foi assim com seus pais e avôs), mas como ela não foi multiplicada (por pura situação matemática), eles frequentemente se deram mal. A coisa toda é bem óbvia, como tudo que envolve finanças pessoais.

Uma reflexão sobre herança: Herdar uma fortuna ou ganhar na loteria é fantástico, ótimo, mas não resolve. Se o herdeiro não estiver preparado para lidar com o patrimônio que recebeu, em questão de tempo (algumas vezes, pouco tempo) tudo desaparecerá. É meio chato escrever isso assim, de forma tão direta, mas é o que acontece em muitos casos (não todos, é bom que se diga, para evitar generalizações).E como se não bastasse a má administração financeira, há casos em que o recebimento da herança gera conflitos emocionais pesados por estar normalmente ligado à morte de entes queridos. Alguns se sentem culpados por receberem algo que não mereciam e, em circunstâncias traumáticas, acabam buscando (e encontrando) uma forma de se livrar da herança, desfazendo-se dos bens de forma nada inteligente.

Educação financeira, a melhor herança: O único modo de quebrar esse tipo de ciclo destrutivo é aprender a usufruir da riqueza de forma consciente, equilibrada e também a colocando para gerar ainda mais riqueza. O aprendizado deve começar pelo próprio gerador da fortuna, que deve transmitir aos seus herdeiros a capacidade de eles também sonharem e buscarem a sua realização pessoal.O resultado da educação financeira como questão de cidadania em casa será a busca de outros tipos de negócios, diferentes daqueles de seus pais, ou o aprofundamento na gestão das empresas familiares, mas com o profissionalismo e dedicação necessários (há vários exemplos disso no Brasil, felizmente).A ideia é simples: aproveitar a riqueza existente para gerar mais riqueza, ao seu modo e adaptada à sua época e forma de pensar e ser (que é bem diferente daquela de seus pais, por exemplo).

O príncipe que lavava carros: Todo trabalho é digno como instrumento de valorização do esforço pessoal e da importância de trocar conhecimento, energia e aprendizado por recursos financeiros. Não importa quem você é, o trabalho sempre gera riqueza, e a riqueza cria oportunidades. Uma história simples mostra como é importante valorizar tudo isso:O príncipe William, neto da rainha Elizabete II, da Inglaterra, tinha um tutor na área de finanças. Certa vez, esse tutor recomendou que William trabalhasse durante suas férias escolares na própria escola, cuidando de serviços de secretaria e outros mais gerais, como servir chá para os outros empregados.
O príncipe aceitou e sabia que isso fazia parte de sua preparação para ocupar a futura posição de Rei da Inglaterra. O mais interessante é que quando ele precisou de um dinheiro extra, teve a brilhante ideia de lavar os carros da família e dos empregados do palácio. Sua mãe, a princesa Diana (ainda viva naquela época), gostou da ideia e resolveu pagar a ele a grande quantia de U$ 8,25 pelo serviço.Estou certo de que alguns valores importantes foram trabalhados na mente do jovem príncipe naquela época.

Conclusão: No fim das contas, não importa se você tem pouco ou muito, se você herdou fortunas ou “apenas” a casa simples onde seus pais moravam. O que vale é a educação financeira que você recebeu ou buscou aprender – que, aliás, podemos chamar de educação para a vida, pois somente com ela você terá capacidade de criar ou ampliar a sua riqueza.
Se você ama sua família e se preocupa com o futuro das pessoas queridas que o cercam, pratique o cuidado diário com as finanças e o aprendizado sobre investimentos e controle financeiro. A educação financeira vista e usada como cidadania é, de longe, a maior herança que podemos deixar (e herdar).

Fonte: Conrado Navarro/ dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen, criador do portal www.mayel.com.br

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