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Finanças & Investimentos

Resgatar o FGTS compensa?

Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 18/09/2013 07:16

O FGTS serve como uma espécie de seguro para quem é demitido sem justa causa ou que passa por situações difíceis. Mas sua rentabilidade de 3% ao ano, mais a TR (Taxa Referencial) é tão baixa que a perda do poder de compra desse dinheiro frente à inflação tem sido inevitável. Com tudo isso, muitos se perguntam: Vale a pena resgatar os recursos do FGTS integralmente sempre que possível? Em que casos? De setembro de 2012 a agosto de 2013, a inflação oficial (IPCA) foi de 6,98%. Já o FGTS rendeu 3% mais uma TR acumulada de 0,0209% no período, metade da inflação. Esse rendimento é inferior à aplicação mais conservadora e tradicional dos brasileiros: A caderneta de poupança, que recentemente voltou a render 0,50% ao mês mais TR, o que totaliza, pelo menos, 6,17% ao ano.

Assim é mais vantajoso resgatar, porque na poupança com o mesmo risco oferece uma rentabilidade melhor. Muitos ainda vão além e confirmam que qualquer destinação que se dê a esses recursos é mais interessante como: comprar a casa própria, ou investir em aplicações financeiras. Contudo, há alguns cuidados a se observar. O FGTS é uma reserva de emergência para momentos de necessidade, como desemprego ou doenças graves na família. Portanto, quem puder resgatar os recursos do fundo deve empregá-los com muito cuidado, somente para investimentos ou necessidades especiais, o que não inclui viagens, bens de consumo e outros gastos supérfluos.

Um dos usos mais comuns ao FGTS é a compra da casa própria, que pode ser feita em certas condições. É possível quitar o imóvel à vista, dar entrada em um financiamento ou amortizar parcelas de um financiamento ou consórcio imobiliário com esse dinheiro. Mas lembrando: O FGTS é um fundo de emergência. Você pode usar tudo para pagar a casa própria, mas deve recompor esse dinheiro em uma reserva para imprevistos, separado de seus gastos diários. Isso porque, se você for demitido sem justa causa, já terá usado toda a sua reserva no imóvel. O FGTS pode não ter o melhor rendimento, mas tem uma função importante de “retaguarda”.

Como abordamos em artigos anteriores, o melhor caminho é construir uma reserva de emergência aplicada em investimentos conservadores (poupança, Tesouro Direto), e uma reserva para a aposentadoria, que pode estar em outros produtos, como fundos de previdência privada (PGBL, VGBL). Agindo assim, você estará protegido ou ao menos preparado para os imprevistos, mesmo que tenha utilizado seu FGTS na compra da casa própria. E você leitor já realizou alguma operação semelhante? Em qual aplicação você aportou os seus recursos do FGTS? Não deixe de comentar.

(*) com informações de Exame.

Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com 

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