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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 16/09/2011 10:00

O RELÓGIO não para. O prazo para filiação e mudança de partido termina no dia 7 de outubro. Em todas as cidades, lideranças políticas se articulam para se fortalecerem, atraindo novos nomes com potencial de candidatos.

AS CONVERSAS vão se ‘afunilando’. Cada qual analisando o quadro, aferindo suas chances e sua força de esticar o braço para abrir a cortina do poder. Aliás, sem esse sonho não se faz política. É melhor ficar em casa.

COMBINADO? E saiu de casa como candidato, muda o passo, o quadro é outro. Você passa a ser visto com outros olhos. Sua biografia é revista e até sua alma é dissecada. É como se casar: revendo conceitos sem perder a personalidade.

OS MANUAIS de candidatos estão nas prateleiras das livrarias; marqueteiros acenam com receitas infalíveis (lembram aquelas da ‘Tia Benta’). Essa parafernália até pode ajudar, mas primeiro é o candidato que precisa se ajudar.

CANDIDATO ‘Bonzinho’ não serve. Tem que ser bom! O eleitor escolhe o candidato como escolhe um produto na prateleira: quer o melhor. Acha que é merecedor. Afinal, os eleitos são exatamente os reflexos de seus eleitores.

A LITERATURA mostra: uma das formas de se chegar ao poder é criticar a classe política, imputando-lhes a culpa por todos os males. No poder, cai a máscara, o discurso muda! Ditadores e oportunistas se fundem na mesma pessoa.

PROMESSA É aceno de esperança de vantagens ao eleitor, Teorizar essa mensagem é fácil: basta uma boa embalagem. Collor é o exemplo perfeito. A embalagem brilhante, de chocolate suíço, já o conteúdo, deu náuseas e vômitos.

O EXERCÍCIO pleno, efetivo do mandato é que dá a têmpera ao candidato. Lembro como exemplo: o ex-embaixador Roberto Campos, candidato ao senado no MT, tinha dificuldade até na relação com os eleitores nos comícios.

AO LONGO da vida algumas habilidades vão aflorando. Alguns nadam bem, falam ou escrevem com facilidade; assim por diante. Mas a arte da política é caprichosa, faz parte do DNA, independe de outros fatores e influências do meio.

CACOETE Lula dizia que Dilma não tinha cacoete político. Venceu pelo prestígio do apoiador e incompetência adversária. Hoje percebe-se: esse quesito faz-lhe muita falta em certas situações. É como se fosse uma amputada.

CAPITAL Nos corredores dos poderes ouço conversas, opiniões, desabafos e fofocas. Os bastidores em efervescência. Ouço mais do que falo para concluir melhor. Acho que esse ‘vulcão’ para prestes a entrar em erupção.

MANDETTA Para garantir sua candidatura poderia deixar o frágil DEM e embarcar no PSD sem riscos de ficar inelegível perante a Justiça Eleitoral. Nos últimos dias essa possibilidade tem aumentado na proporção dos ‘encontros’.

TAMBÉM ouvi no saguão da AL de que o vice prefeito Edyl poderia trocar o PMDB pelo PSB – com chances inclusive de ser o companheiro de chapa de Mandetta. É a busca natural de espaço para a sobrevivência política.

DESAFIO Manter-se em evidência aos longo dos anos para disputar a prefeitura em 2016. Marcos Trad têm consciência dos riscos do projeto. É como num ‘hally’; a estrada é longa e não se pode descartar os imprevistos.

“DILMA num dilema: sente-se compelida a renunciar a ‘faxina’, porque ela implica no reconhecimento – ou pior ainda – na confissão de que recebeu uma herança maldita do seu antecessor e criador e está tentando se livrar dela”. (Sandro Vaia)

DOURADOS Já elegeu 3 vice governadores (Takimoto, Braz e Murilo) e 6 deputados federais: Zé Elias (2 vezes), Ivo Cerzózimo, Valdir Guerra, Takimoto, Geraldo Resende (2 vezes) e Marçal Filho (3 vezes).

PASSARAM pela AL representando a cidade: Valter Carneiro, Orácio Cerzózimo e Sultan Raslan (79-83); Valter Carneiro, Anis Faker e Ivo Cerzózimo (83-86); Valter, Djalma Barros, R.Razuk e Valdenir Machado (87-90).

MAIS... Valdenir, Razuk e H. Teixeira (91-94); P. Estevão, Murilo, Valdenir e Zé Teixeira (95-98); Tetila, G. Resende, Murilo e Zé Teixeira (99-2002 ); Artuzi, Zé Teixeira, B.Barros, Valdenir e H. Teixeira (2003-2006).

NO PLEITO seguinte foram eleitos apenas Artuzi e Zé Teixeira para o período entre 2007-2010. Hoje a representação de Dourados está restrita a Laerte Tetila e Zé Teixeira, eleitos em 2010. É muito, pouco ou está de bom tamanho?

QUESTÕES Devido ao quadro retalhado de lideranças forjadas no ‘boom’ econômico da região, Dourados ficou só como coadjuvante do poder. Se Zé Elias perdeu a grande chance, Braz e Murilo não aproveitaram o trampolim de vice.

ESTIGMA O cargo de prefeito de Dourados tem sido o sonho comum a quase todos os políticos. Mas não representou garantia de sucesso no currículo deles. Que fim político levou aqueles que ocuparam o ambicionado cargo?

SEM ILUSÕES... Essa eleição de 2012 será mais um osso duro de roer. O desastre com Artuzi atiçou a ira e a ‘cidadania política’ da população articulada. Como tenho dito: não faltarão salvadores da pátria – já de plantão.

“A grande maioria de nossas importações vem de fora do país”. Lula (o molusco)

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