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Manoel Afonso

Candidato só ganhará com novo discurso

Manoel Afonso | 18/09/2015 14:26

É PENA” Nossos deputados estaduais continuam ignorando a situação política do país. Até aqui a palavra impeachment não foi pronunciada, é vista como se fosse indecorosa ou pornográfica. Mas esse cenário teatral é facilmente explicável.

OS TUCANOS precisam dos 4 deputados do PT em votações e o próprio líder Rinaldo trata os petistas como se fossem figuras de cristais. Já o pessoal do PMDB fica de saia justa pelo fato do partido ser sócio do poder no Planalto. Todos iguais.

ENQUANTO isso, questões como limpeza de terrenos na capital ( pode?) e outorga de títulos de cidadania e outros eventos tem merecido espaço na agenda do legislativo, infelizmente divorciado do grave quadro nacional. Esperava mais desta legislatura.

PRESUME-SE que o deputado vivencie a realidade do país e por consequência transmita seu sentimento de indignação. Mesmo com a postura absurda do ministro Cardoso, da Justiça, na questão indígena, a passividade na AL impressiona.

IMPEACHMENT Collor foi para o beleléu por muito menos. O mensalaleiro Genoino chegou a propor o mesmo castigo para FHC. Lembra? Agora os petistas dizem que esse instrumento é golpe. E por ironia Hélio Bicudo (ex-PT) é um dos autores.

PIADA O Governo não corta na carne, não demite parte dos 26 mil petistas em cargos de confiança e nem extingue ministérios. Mas quer a população pagando mais impostos no futuro. Ora! A desaprovação de Dilma nas pesquisas atesta sua incapacidade.

PEPINÃO Claro, a decisão é passível de reforma. Até lá o deputado João Grandão terá insônia com a pena de 11 anos/10 meses de prisão ( inicialmente em regime fechado) imposta pelo TRF1, reformando aquela decisão local que o havia absolvido.

REFLEXÃO Sem discutir o mérito do apurado na ‘Operação Sanguessuga’ e o futuro do recurso para reformar essa pena, o episódio é um convite à reflexão aos que sonham com a vida pública partidária. Vale mesmo a pena? Viu onde está o Zé Dirceu?

A PROPÓSITO As pessoas entram na política por vaidade, pelo intuito de servir ou para usar o poder em proveito próprio? Mas nestes anos como jornalista deparei com poucos casos em que a motivo predominante foi o desprendimento pessoal .

DE NOVO! José Carlos Bumlai ( o nosso amigo do Lula) é citado na última ‘Época’, como intermediário entre Cerveró e Michel Temer, quando 50 deputados do PMDB, teriam exigido R$ 700 mil mensais para mantê-lo no cargo da Petrobras.

IMPRESSIONA a citação de Bumlai em tantos casos enlaçados com o poder e sua postura silenciosa até aqui. O pior: não há manifestações de lideranças do PT em sua defesa. Lembra até o Zé Dirceu que foi abandonado pela ‘cumpanheirada’.

‘VALE TUDO’ A insistência do convite do deputado Dagoberto – no programa do PDT – em atrair candidatos ao pleito de 2016, mostra a falta de melhor argumentação partidária e um certo sentimento de ceticismo da população quanto a política.

PESQUISAS Elas vem mostrando mudanças de reações e opiniões do eleitorado, de um modo geral. A rejeição ao PT e PMDB sinaliza que esse ciclo pode estar exaurindo, abrindo caminho para um novo tempo, de propostas simples, mas honestas.

O PESQUISADOR Lauredi Sandin (IPEMS) acompanha essas ondas de opinião e revela: 66% dos entrevistados quer honestidade e um candidato íntegro e de caráter. O Governo que atender melhor terá a aprovação e apoio. É o arroz & feijão.

REPENSAR Paulo Maluf é o exemplo do modelo aceito no passado, mas execrável atualmente. Por analogia esse novo pensamento é extensivo a todos os níveis da administração. A população se contenta apenas com o básico e imprescindível.

PERGUNTO: Qual o custo real da Copa do Mundo? Sem ela o brasileiro teria ficado complexado, infeliz? A outra aventura e das Olimpíadas em 2016. Tal qual Hitler em 1936 , Lula queria mostrar ao mundo uma falsa realidade. Uma barbaridade!

O CASO de Campo Grande é bem isso. Em 2016 o debate versará sobre as prioridades da população. Aquário, avenidas, obras suntuosas e discutíveis, ou simplesmente os problemas básicos resolvidos de forma satisfatória? O resto não interessa.

LUZ AMARELA Tanto Marcos Trad como Ricardo Ayache já perceberam que seus discursos – concorrentes ao Bernal – devem estar revestidos dessa proposta. Nas entrelinhas ambos admitem que é preciso rever conceitos e estratégias.

CONFUSO É o quadro em Campo Grande. Bernal luta em 3 frentes: pela manutenção de seu mandato na justiça, na composição de sua equipe e nesta guerra com a Solurb que cuida da coleta do lixo. Pode sair fortalecido se tiver habilidade.

CANDIDATO oferece jantar a simpatizantes e ‘sobra’ para o assessor emitir o próprio cheque. Alertado que não tinha fundos, o candidato diz: “ tudo bem, perderei só o voto do dono do restaurante, mas os votos dos convidados já estão garantidos”.

O EPISÓDIO ocorrido no interior, é apenas mais um dentre tantos casos ‘cabeludos’ das campanhas eleitorais. Os hotéis e restaurantes são as principais vítimas de gente que se posta como candidato, mas sem cacife e sem dignidade inclusive.

‘A AGENDA’ Candidato ao senado mandava o assessor anotar na agenda os pedidos que ia recebendo no interior. Alertado pelo assessor de que a agenda estava lotada, sem espaço, disparou: “ jogue essa fora,compre outra, é só mesmo para inglês ver”.

“Lutamos contra a ditadura dos fuzis, agora lutaremos contra ditadura da propina” (Miguel Reale Jr – Hélio Bicudo)

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