Ações para reduzir as mortes no trânsito
O Mapa da Segurança Pública 2025 – Base 2024, publicado recentemente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, revela números alarmantes: no ano passado, mais de 35 mil pessoas foram vítimas de homicídios, e mais de 26 mil morreram em sinistros de trânsito.
No total, mais de 61 mil vidas perdidas em um único ano. É como se estivéssemos vivendo em meio a uma guerra. Isso representa, por dia, 97 homicídios e 71 mortes no trânsito.
O mais triste é que as principais vítimas são os jovens. E o cenário é agravado por dois fatores críticos: o uso abusivo de álcool e outras drogas, que cresce sem controle, e uma grave questão social, que é a desagregação familiar.
Nos sinistros de trânsito, infelizmente, os motociclistas são as maiores vítimas. E um dado chocante: quantidade considerável de motociclistas no país não possuem habilitação e o principal motivo pode estar no alto custo da CNH.
Outros fatores que contribuem para a tragédia no trânsito:
- Comportamento dos motoristas, que frequentemente desrespeitam as leis de trânsito;
- Transporte público ineficiente, que não oferece qualidade nem atratividade;
- Engenharia de trânsito falha ou inadequada, com vias mal planejadas ou mal sinalizadas. Para mudar essa realidade, é fundamental:
- Investir em educação para promover uma verdadeira mudança de comportamento;
- Aumentar a fiscalização, especialmente contra motoristas que insistem em dirigir após consumir bebida alcoólica;
- Investir em mobilidade urbana, engenharia de trânsito e priorizar o transporte público.
Essas ações são fundamentais para que o Brasil consiga cumprir a meta da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, proposta pela ONU, que visa reduzir pela metade o número de mortes e lesões no trânsito até 2030.
Em Campo Grande temos um exemplo exitoso na integração de órgãos e entidades para melhoria do trânsito, através do Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT), com queda do número de vítimas fatais.
Chega de vermos a dor imensurável das famílias que perdem os seus entes queridos, geralmente jovens, ou que ficam sequelados. Tudo isso tem reflexos também na economia do país, com perdas de vidas ou de capacidade produtiva em pleno exercício de alguma atividade profissional.