Bares de Campo Grande apostam em tecnologia para evitar multas
Sistema de monitoramento de som em tempo real reduz conflitos com vizinhos

Tirar o bar da mira das reclamações sem silenciar a música. Essa tem sido a equação mais difícil de resolver na noite campo-grandense, marcada por uma sequência de denúncias por barulho, multas e até fechamento de casas.
Entre vizinhos que não aguentam mais o som e empresários que se sentem encurralados, alguns bares começaram a apostar em uma tecnologia que hoje é padrão em casas noturnas da Europa: o sistema de controle e monitoramento de ruído da Net Audio Control, uma solução completa que vai muito além do simples medidor. A tecnologia combina monitoramento em tempo real, nuvem, algoritmos de análise por frequência, histórico 24h, auditoria técnica e controle remoto, recursos que permitem manter a música no limite permitido por lei sem comprometer a qualidade do som.
Em Campo Grande, o Chalé e o Bada Bar já instalaram o sistema da Net Audio Control e relatam mudanças imediatas na relação com a vizinhança e com os órgãos de fiscalização.
“Não estava bom para ninguém: nem para o vizinho, nem para o bar, nem para a cidade. Era multa, processo, vizinho reclamando. Todo mundo ferrado”, resume o empresário Dyego Moura, sócio-proprietário do Chalé, sobre o clima recente em torno do som na cidade.
Segundo ele, a sensação entre os donos de bares era de que qualquer tentativa de manter música ao vivo colocava o negócio em risco. “A população reclama, os bares são autuados, mas ninguém apresentava uma solução concreta. A ideia parecia ser só encurtar horário, mandar fechar às 22h, 23h. Isso é ruim para a economia, para o emprego, para a segurança da região e para quem quer lazer”, afirma.
Foi nesse cenário que um grupo de empresários começou a buscar alternativas técnicas. O primeiro movimento veio de outro bar da cidade, o Bada Bar, que instalou a tecnologia da Net Audio Control e, segundo os sócios, virou vitrine de uma mudança prática na hora de lidar com o som.

Tecnologia que nasceu na Europa e tem uso obrigatório em vários países
Representante master da Net Audio Control no Brasil, Bruno Flauzino explica que o sistema foi desenvolvido a partir de uma demanda da Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir os impactos do excesso de ruído nas grandes cidades.
“Cada vez surgem caixas de som mais potentes e isso gera uma conta que o Estado paga lá na frente, com pessoas ficando surdas mais jovens. A OMS pediu soluções para medir e controlar isso. O sistema que a gente traz para o Brasil nasceu desse contexto, foi testado e hoje é obrigatório em vários países da Europa”, conta.
A tecnologia é adotada em casas noturnas da Espanha, Portugal, Inglaterra, Suíça e destinos como Ibiza. Austrália e Estados Unidos também já começaram a incorporar o modelo e, segundo Bruno, o diferencial brasileiro está justamente no know-how técnico que acompanha a implantação.
A Net Audio Control atua com engenheiros especializados, responsável técnico credenciado e metodologia similar à usada em grandes eventos nacionais. A equipe já presta suporte a festivais, estádios, arenas e projetos em parceria com Ministério Público e órgãos de fiscalização ambiental.

O único sistema com análise por frequência
Na prática, o sistema funciona como um “velocímetro do barulho”, mas com um diferencial exclusivo no mercado brasileiro: ele não mede apenas o volume, e sim como cada frequência da música se comporta.
Isso faz diferença porque a maior parte das reclamações de vizinhos não acontece pelo volume total, mas pelos graves que atravessam paredes.
O sistema da Net Audio Control:
- identifica quais frequências estão ultrapassando o limite;
- corrige apenas a faixa crítica, mantendo a qualidade da música;
- evita a necessidade de abaixar todo o som da casa;
- impede distorções artificiais;
- mantém o bar dentro da lei mesmo com a casa cheia.
Além disso, o sistema diferencia três fontes de som:
- som ambiente (voz do público, rua, trânsito);
- som mecânico do bar (caixas, mesa, instrumentos);
- ruídos externos (como carros de som na rua).
A análise ocorre em ciclos de 30 segundos, 24h por dia, com registro contínuo na nuvem. Se houver denúncia, o histórico técnico serve como prova documental de que o bar estava dentro do limite.
O sistema da Net Audio Control também permite:
travar o volume máximo de acordo com o limite do alvará;
definir horários de funcionamento do som;
cortar automaticamente o áudio fora do horário permitido;
impedir que funcionários liguem som alto durante a limpeza;
gerar relatórios diários, semanais e mensais;
enviar alertas em tempo real;
comprovar responsabilidade em casos de denúncia.
“Se o alvará do bar libera som até meia-noite, o sistema corta o áudio à meia-noite. A tela mostra que está desligado. Mesmo que alguém tente aumentar o volume na mesa, não sobe. Para mexer, só remotamente, com registro e responsabilidade técnica”, explica Bruno.
O Chalé instalou o sistema há poucos dias e já percebeu efeitos práticos. “A vizinha que mais reclamava já disse que o som não chega mais na casa dela. Teve música ao vivo e ela só percebeu que o bar estava com banda quando passou de carro na frente. Lá dentro, o volume continua alto, a casa cheia, mas na frente do prédio o som praticamente desaparece”, relata Dyego.
Segundo ele, a tecnologia também mudou o clima da rua: “Antes, quando o bar precisava fechar mais cedo, a rua ficava deserta e virava problema com moradores de rua. Hoje tem movimento, tem 17 funcionários diretos trabalhando aqui, fora indiretos, famílias que dependem dessa renda. Ter bar aberto, com som controlado, é melhor para quem mora perto, para quem trabalha e para a própria ordem pública”, avalia.
Dyego afirma que a economia gerada é imediata: “É mais barato que sustentar um funcionário só para ficar regulando o som o dia inteiro. E muito mais barato que multa de 5, 10, 20 mil reais. Fora o risco de perder o alvará.”
Outro pioneiro na adoção da tecnologia em Campo Grande é o Bada Bar. “Há quatro meses estamos com esse equipamento. Fizemos toda a troca do sistema de som e, desde então, não tivemos mais nenhuma reclamação formal. Hoje trabalhamos no limite do permitido por lei, com a casa cheia, banda tocando, mas dentro do parâmetro técnico. Para nós, virou uma ferramenta de sobrevivência”, resume o proprietário Arthur Navarro.
Segundo dados fornecidos pela Net Audio Control, bares que instalam a solução costumam zerar reclamações em até 72 horas e reduzir 100% das multas, justamente porque o sistema impede ultrapassagens.
Por que a tecnologia avança tão rápido? Bruno explica: “No modelo europeu, a prefeitura não só reconhece o sistema como exige o uso para liberar o alvará de música. Pode ser bar, restaurante, igreja. O governo subsidia parte do custo, cobra uma taxa e populariza a ferramenta. Todo mundo fica sob o mesmo padrão de controle.”
Ele acredita que Campo Grande pode seguir caminho semelhante: “Não falta tecnologia. Falta regulamentação. Dá para chegar a um ponto comum em que bares continuem funcionando, a economia siga girando e o vizinho possa dormir. O que não dá é fingir que a única solução é acabar com a música.”
O que o sistema entrega ao bar (em linguagem simples)
- evita multas
- protege o alvará
- zera reclamações de vizinhos
- permite tocar mais alto sem ultrapassar o limite
- reduz custo operacional
- oferece histórico para defesa jurídica
- traz paz com a fiscalização
- melhora a convivência do bairro
Senso de urgência: fiscalização aumenta e bares buscam proteção
Com o endurecimento das regras de ruído, aumento de autuações e possibilidade de interdição imediata, a busca por soluções preventivas cresceu. A Net Audio Control afirma que a procura em Campo Grande triplicou em 2025, especialmente entre bares que já sofreram multas.
Enquanto a regulamentação não avança, Chalé e Bada mostram que existe um caminho real entre o silêncio imposto e o som sem limite e que tecnologia, desta vez, pode ser o ponto de equilíbrio que faltava.
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