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Direto das Ruas

Alunos reclamam de piscina em estado de abandono na UFMS

Local não tem atividades esportivas depois que funcionário terceirizado morreu afogado há mais de dois anos

Gabriel Neris e Clayton Neves | 20/09/2019 18:12
Piscina da UFMS foi encontrada completamente suja na tarde desta sexta-feira (Foto: Kísie Ainoã)
Piscina da UFMS foi encontrada completamente suja na tarde desta sexta-feira (Foto: Kísie Ainoã)

Mais de dois anos após a morte de um funcionário terceirizado por afogamento, a piscina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, segue desativada. Em consequência disto aparenta estado de abandono, com acúmulo de sujeira, como folhas, terra e lodo.

O cenário nada agradável desperta a atenção dos universitários que passam pelo local. Sem manutenção, ninguém utiliza o espaço, o que provoca reclama dos estudantes.

Bianca Esquivel, de 20 anos, é estudante de Artes Visuais, e conta que já entrou na instituição com o complexo desativado, mas lembra dos comentários a respeito de projetos que ocorriam no local. “[A piscina] está aí, mas ninguém usa. É dinheiro público jogado fora. Todo o investimento empenhado para construção da piscina está parado”, reclama.

A estudante de Engenharia Química, Hanatiele Coelho, de 23 anos, diz que a água parada se torna foco de dengue e compara a piscina a um “elefante branco. Não tem ninguém cuidando. Uma piscina desse tamanho e ninguém usa. Poderia usar nas aulas de Educação Física, aulas práticas. Desenvolver nos conhecimentos práticos do curso”.

Um piscineiro, de 23 anos, que prefere não se identificar, conta que frequenta o local porque a namorada estuda na UFMS. Reclama da situação encontrada e que pelo conhecimento na área “não estão jogando produtos para a manutenção”. “Daqui a pouco vai ter uma poça verde e fedida”, complementa.

Nas redes sociais também é comum encontrar comentários de estudantes que dizem já ter utilizado o espaço e lamentando a situação atual do complexo. Na página da UFMS na internet, há um agendamento das piscinas, porém as datas e horários aparecem como “interditadas (tempo indeterminado)”.

A UFMS foi procurada pelo Campo Grande News, mas não se manifestou até a publicação desta matéria.

Morte – No dia 26 de julho de 2017, Ramão de Assis Rodrigues Moreira, de 56 anos, morreu afogado enquanto limpava a piscina. Testemunhas contaram que o homem ficou sete minutos embaixo d’água. Ele chegou a ser reanimado pelos bombeiros, mas morreu a caminho da Santa Casa.

Complexo está sem manutenção, provocando reclamação dos estudantes (Foto: Kísie Ainoã)
Complexo está sem manutenção, provocando reclamação dos estudantes (Foto: Kísie Ainoã)

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