Ambulante e cliente protestam contra retirada de quiosque de água de coco
Vendedor conta que retira seu sustento das vendas do produto e que perdeu pelo R$ 10 mil entre mercadorias e estrutura
Alisson Brites de Oliveira, 28 anos, procurou o Campo Grande News para relatar a retirada, por parte da prefeitura de Campo Grande, de seu quiosque que vende água de coco do Parque do Sóter.
Conforme o vendedor, a ação da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) ocorreu por volta das 8 horas de sexta-feira (dia 23). Um fiscal teria chegado ao local e entregue uma notificação para que o estabelecimento fosse fechado e as estruturas retiradas de lá.
Neste momento, Alisson foi à prefeitura para tentar resolver a situação, mas quando voltou o local já havia sido desmontado. Ele afirma que foram levadas cadeiras, freezer, entre outros equipamentos.
Além disso, ele relata que a ação foi feita de forma agressiva pelos fiscais. Um rapaz que trabaha com Alisson estava no momento e relatou a situação.
Um cliente disse que o espaço é bem conhecido naquela região. Ele disse também que o dono do comércio cuida e limpa desde que começou a atividade por lá, há 10 anos.
De lá para cá, nunca havia sido notificado, disse o vendedor. Somando a estrutura e mercadorias, ele estima prejuízo de pelo menos R$ 10 mil. "Daqui eu retiro meu sustento, que crio minhas filhas, pago a prestação da minha casa, minhas coisas".
Outro lado - A reportagem perguntou sobre a situação ao prefeito Marquinhos Trad (PSD), que falou que não comentaria a respeito de uma denúncia sobre a qual não tem conhecimento.
"Campo Grande tem quase 1 milhão de habitantes, eu não vou comentar uma denúncia anônima de um ambulante que eu nem sei tem autorização da presidente da associação dele para usufruir daquele local ou qualquer outro tipo de alvará".
Também enviamos demanda à assessoria do município, por email, mas não obtivemos resposta até o fechamento e publicação desta reportagem.
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