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Economia

Aneel reduz adicional, mas energia segue com bandeira vermelha em outubro

Agência confirma bandeira vermelha 1, com custo menor que setembro, mas ainda com impacto na conta de luz

Por Jhefferson Gamarra | 26/09/2025 17:00
Aneel reduz adicional, mas energia segue com bandeira vermelha em outubro
Padrão de energia em casa popular da Capital (Foto: Osmar Veiga)

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (26) que outubro terá bandeira tarifária vermelha patamar 1. Isso significa que, embora haja uma redução no valor adicional em relação a setembro, quando vigorava a bandeira vermelha 2, os consumidores continuarão pagando cobrança extra na conta de luz.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária em outubro será vermelha patamar 1, representando uma redução no valor adicional em comparação a setembro, quando vigorava a bandeira vermelha 2. O novo valor acrescenta R$ 44,63 por megawatt-hora consumido, contra R$ 78,77 do mês anterior. A manutenção da bandeira vermelha deve-se ao baixo nível de chuvas, que afeta a geração das hidrelétricas e exige o uso de termelétricas, mais caras. A Aneel também projeta um reajuste médio de 6,3% na conta de luz em 2025, superando a inflação estimada de 5,05%, devido ao aumento do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético.

Segundo a agência, a manutenção do patamar vermelho ocorre em razão do baixo nível de chuvas, que reduz a capacidade de geração das hidrelétricas e exige o acionamento de termelétricas, cuja produção tem custo mais elevado. No modelo atual, a bandeira vermelha 1 acrescenta R$ 44,63 por megawatt-hora consumido (cerca de R$ 4,46 a cada 100 kWh). Em setembro, a bandeira vermelha 2 impunha um acréscimo de R$ 78,77 por megawatt-hora (R$ 7,87 a cada 100 kWh).

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para indicar aos consumidores os custos reais da geração de energia no país e equilibrar o caixa do setor. Em condições favoráveis, aplica-se a bandeira verde, sem cobrança extra. Já em cenários menos favoráveis, entram em vigor as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, que aumentam gradativamente o valor da fatura de acordo com a necessidade de uso das termelétricas.

Além da manutenção das bandeiras, a Aneel projeta que a conta de luz sofrerá reajuste médio de 6,3% em 2025, percentual acima da inflação estimada pelo mercado financeiro (5,05%). A alta está relacionada ao orçamento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), fixado em R$ 49,2 bilhões para o próximo ano, R$ 8,6 bilhões a mais do que o previsto anteriormente.

A CDE é um fundo setorial financiado principalmente por taxas embutidas nas contas de luz, além de multas e aportes do Tesouro Nacional. Ele cobre custos de subsídios a consumidores de baixa renda, programas de universalização e outras políticas públicas do setor elétrico, o que também impacta no valor final pago pelos consumidores.